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2006/07/19

O tempo de cada um e o tempo dos outros 

Um destes dias esperávamos umas trinta pessoas que se iniciasse uma reunião convocada para as 15 horas, que só veio a começar 40 minutos depois, quando chegou a individualidade que tinha de presidir.

Sei, porque estava lá desde dez minutos antes da hora marcada para o arranque, que a grande maioria dos convocados chegou ao local da reunião até às 15 e cinco minutos.

Sabendo todos que naquelas reuniões é frequente o atraso verificado, este facto da quase pontualidade geral temos de considerá-lo notável.

Façamos contas ao prejuízo que em conjunto sofremos, por desperdício de tempo sem qualquer utilidade imaginável, enquanto esperávamos e desesperávamos.

Éramos praticamente trinta os presentes. Contando meia hora perdida por pessoa, chega-se a esta conclusão rigorosa e absurda: perderam-se ali dois dias de trabalho de elementos com ocupações fulcrais e de que talvez metade eram titulares de cursos superiores, que usam nas suas vidas profissionais.

Belo exemplo de zelo pela recuperação da produtividade nacional!

Se dissermos que a reunião tinha objectivos de ordem social, para aperfeiçoamento das instituições ao serviço dessa ordem, podemos resumir dizendo: O social ficou à partida… bem servido.

A.C.R.

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