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2006/04/20

A f.n. e Salazar 

Depois do que esta semana aqui escrevi sobre “Ele houve F.N…. e há f.n.”, pouco seria de acrescentar para explicar por que motivos os adolescentes e jovens f.n. tão radicalmente odeiam a memória e obra de Salazar.

Para que conste, vale porém a pena o esforço de registar as diferenças (divergências) entre eles e Salazar, que tudo justificam.

A f.n. é racista, como o demonstram as citações de declarações feitas por elementos confessamente f.n., aqui referidas ao longo de muitos meses de polémicas.

Salazar promoveu o Portugal pluri-continental e pluri-racial, que, só por si, implicava e conduzia inevitavelmente ao anti-racismo militante.

Se não, veja-se como esse Portugal é mal visto e odiado, mesmo, pelos f.n., que aliás não o escondem.

O que é também ser-se contra Portugal e anti-português, pois que Portugal historicamente responsável e adulto foi sempre pluri-racial e não-racista.

Salvo as excepções do costume, claro, ainda hoje sobreviventes nos f.n. que vamos conhecendo

Também por esse seu racismo e anti-portuguesismo, não poderiam os f.n. deixar de acabar por declarar-se anti-cristãos e anti-católicos e, fatalmente, inimigos do Salazar militantemente católico, como cidadão e como estadista, além de profundamente enraizado no seu amor a Portugal e na sua devoção à História de Portugal.

Compreende-se, pois, que seja difícil encontrar, mesmo na esquerda, quem tanto odeie Salazar e o salazarismo como qualquer “bom” f.n..

A.C.R.

Seia, 15.04.2006

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