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2006/04/20

Esquerda e utopias 

Rodolfo Casadei, que conhece bem o terreno africano, faz uma análise crítica dos principais clichés manipulados pelo movimento antiglobalização (que preconiza uma outra globalização, à medida das suas utopias e da idealização do bom selvagem encarnado pelo indígena), tais como uma presumida culpa do colonialismo na pobreza do terceiro Mundo, ou da globalização económica impulsionada pelo Ocidente, em particular pelos Estados Unidos.

Denuncia um interessante paradoxo: os progressistas ocidentais, com as suas fachadas de igualdade, solidariedade ou respeito pelo meio ambiente, optam por uma visão estática e circular do mundo, própria das culturas indígenas, e renegam a visão linear e dinâmica que provém das raízes gregas e judaico-cristãs da sua própria cultura.

A esquerda tem sempre ideias para construir o paraíso na terra: a luta de classes, a sociedade sem classes, a via para o socialismo, o seu modelo de combate à pobreza e de redistribuição da riqueza (dos outros, entenda-se), a “construção” europeia, a antiglobalização globalizante (o antiamericanismo primário), a inclusão exclusiva, a tentativa de ser tudo e o seu contrário.

Manuel Brás

Appunti su globalizzazione e dintorni”; Rodolfo Casadei;
Tempi (2002); 8,00€; ISBN 8852600000

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