2006/03/31
Um aditamento ao poste de ontem, sobre
«Funcionalismo público…
“Desconfiado de tudo e de todos”
Era assim há trinta anos. E hoje?...»
(poste anterior)
Quero esclarecer que tive excelentes experiências ao serviço do Estado, até ser impedido de continuar, por “saneamento” exercido contra mim, no dia 2 de Maio de 1974, pelos autogestionários que tomaram conta do ministério logo a seguir à revolução.
No seguimento da “contra-revoluçãozinha” do 25 de Novembro, o meu processo, como o de muitos outros “saneados” – mas eu fora dos primeiríssimos – deve ter sido revisto, porque fui convidado a reintegrar os quadros donde fora arbitrariamente expulso. Não aceitei, preferindo ser aposentado, porque já tinha entrado decididamente na actividade privada e não sentia na função pública ambiente para retomar a actividade e a obra prestigiosa que aí realizara.
A partir de 1963, tinha de facto projectado e dirigido a execução dum vasto plano de centros de formação profissional, que foram o fundamento e ponto de partida para tudo o que, nessa área, hoje faz o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que, em todo o caso, é de âmbito mais limitado do que aquilo que então projectávamos fazer. Devo também dizer, aliás, que nem na gestão das minhas iniciativas privadas me senti alguma vez mais livre do que fui no desenvolvimento das acções que propus e de que o Estado me encarregou no domínio da f.p..
A.C.R.
Quero esclarecer que tive excelentes experiências ao serviço do Estado, até ser impedido de continuar, por “saneamento” exercido contra mim, no dia 2 de Maio de 1974, pelos autogestionários que tomaram conta do ministério logo a seguir à revolução.
No seguimento da “contra-revoluçãozinha” do 25 de Novembro, o meu processo, como o de muitos outros “saneados” – mas eu fora dos primeiríssimos – deve ter sido revisto, porque fui convidado a reintegrar os quadros donde fora arbitrariamente expulso. Não aceitei, preferindo ser aposentado, porque já tinha entrado decididamente na actividade privada e não sentia na função pública ambiente para retomar a actividade e a obra prestigiosa que aí realizara.
A partir de 1963, tinha de facto projectado e dirigido a execução dum vasto plano de centros de formação profissional, que foram o fundamento e ponto de partida para tudo o que, nessa área, hoje faz o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que, em todo o caso, é de âmbito mais limitado do que aquilo que então projectávamos fazer. Devo também dizer, aliás, que nem na gestão das minhas iniciativas privadas me senti alguma vez mais livre do que fui no desenvolvimento das acções que propus e de que o Estado me encarregou no domínio da f.p..
A.C.R.