2006/03/20
A OPA do BCP-Millenium sobre o BPI
Diziam ontem os periódicos que…
“(…) Diana Ulrich vai trabalhar com Cavaco Silva na Presidência da República. Diana Ulrich, que é casada com Fernando Ulrich, presidente do BPI, vai ocupar-se das viagens do Presidente da República tanto em Portugal como no estrangeiro, trabalhar com F., assessor para as comunidades portuguesas no estrangeiro e acompanhar Maria Cavaco Silva.”
Temos de distinguir, por ´mor da OPA.
Ou a Presidência pode influir no processo opático; ou não pode, caso arrumado.
Se pode influir, há que distinguir.
Ou Diana Ulrich foi nomeada pelos seus méritos únicos, caso arrumado; ou não o foi pelos seus méritos únicos, mas por influências de alguém.
Falo em abstracto das pessoas do caso, sem qualquer tipo de envolvimento meu, creio bem, por mera necessidade lógica de compreender e vontade de evitar ao País as consequências talvez desastrosas duma OPA falhada.
É claro que aquilo que choca ou pode preocupar é o facto de a Senhora ser esposa do presidente do BPI. Se de facto a Presidência tem poderes que lhe permitam influir no andamento da OPA, então poderia ser o caso de dever recear-se que a Senhora influencie a Presidência num sentido de prejudicar a OPA do BCP, por exemplo através da Primeira Dama que se diz acima que ela vai “acompanhar”.
Mas, por outro lado, deve saber-se que também é grande a influência do BCP na Presidência.
Nesse caso, a entrada de Diana Ulrich no processo de influências apenas teria como resultado equilibrar a situação, de modo que nem o BCP nem o BPI possam queixar-se ali de trunfos que cada um deles não tenha.
Resta-nos admirar a sabedoria do Presidente, actuando preventivamente, para que não se possa dizer que venha a privilegiar qualquer dos concorrentes.
A sonsice que era a Presidência, comparada com tudo o desta começa a perceber-se!
A.C.R.
“(…) Diana Ulrich vai trabalhar com Cavaco Silva na Presidência da República. Diana Ulrich, que é casada com Fernando Ulrich, presidente do BPI, vai ocupar-se das viagens do Presidente da República tanto em Portugal como no estrangeiro, trabalhar com F., assessor para as comunidades portuguesas no estrangeiro e acompanhar Maria Cavaco Silva.”
Temos de distinguir, por ´mor da OPA.
Ou a Presidência pode influir no processo opático; ou não pode, caso arrumado.
Se pode influir, há que distinguir.
Ou Diana Ulrich foi nomeada pelos seus méritos únicos, caso arrumado; ou não o foi pelos seus méritos únicos, mas por influências de alguém.
Falo em abstracto das pessoas do caso, sem qualquer tipo de envolvimento meu, creio bem, por mera necessidade lógica de compreender e vontade de evitar ao País as consequências talvez desastrosas duma OPA falhada.
É claro que aquilo que choca ou pode preocupar é o facto de a Senhora ser esposa do presidente do BPI. Se de facto a Presidência tem poderes que lhe permitam influir no andamento da OPA, então poderia ser o caso de dever recear-se que a Senhora influencie a Presidência num sentido de prejudicar a OPA do BCP, por exemplo através da Primeira Dama que se diz acima que ela vai “acompanhar”.
Mas, por outro lado, deve saber-se que também é grande a influência do BCP na Presidência.
Nesse caso, a entrada de Diana Ulrich no processo de influências apenas teria como resultado equilibrar a situação, de modo que nem o BCP nem o BPI possam queixar-se ali de trunfos que cada um deles não tenha.
Resta-nos admirar a sabedoria do Presidente, actuando preventivamente, para que não se possa dizer que venha a privilegiar qualquer dos concorrentes.
A sonsice que era a Presidência, comparada com tudo o desta começa a perceber-se!
A.C.R.