2005/11/08
Au revoir, France?
Ainda é cedo para se vislumbrar todas as consequências, políticas e não só, deste Novembro de 05 em França.
Até porque entre os elementos do próprio governo francês se percebem dissidências quanto à forma de actuar perante a situação. Parece que o governo está a ser conduzido pela agenda dos revoltosos, que desde Janeiro já incendiaram mais de 28.000 veículos, um facto, pelos vistos, com pouco interesse mediático. Há alguns até, como Villepin, em confronto com Sarkozy, dispostos a deter-se para reflectir sobre as razões que terão levado a semelhante desfecho. Chegarão à conclusão, como sempre, que a culpa é deles, dos franceses. E desta vez até têm razão.
Não é difícil lá chegar: uma desastrada política de imigração, uma desastrada demografia de envelhecimento e queda de natalidade, nos últimos 35-40 anos, uma crise de identidade cultural e nacional, enfim, todos os ingredientes de um declínio civilizacional em curso, no qual muita Europa adormecida acompanha os franceses.
De pouco servirá à comunicação social uma forçada e eufemística sobriedade nas notícias, fotografias e imagens. O caos já está lançado.
Ressoam proféticos os escritos de Bardèche na sua Défense de L’Occident.
Após 200 anos de fantochada e utopia, o regime lá vai caindo de podre.
Alguns só acreditarão nesse declínio civilizacional quando virem o imã de Paris decretar a sharia.
Para todos os que ficaram estupefactos com o aparente fracasso das forças de segurança americanas perante as consequências do Katrina, entre esses os sempre críticos e sarcásticos franceses, aí têm o furacão Magreb para mostrar o que valem.
Os americanos foram uma vez a França por causa do vento leste. Será que também lá irão agora por causa do vento sul?
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Até porque entre os elementos do próprio governo francês se percebem dissidências quanto à forma de actuar perante a situação. Parece que o governo está a ser conduzido pela agenda dos revoltosos, que desde Janeiro já incendiaram mais de 28.000 veículos, um facto, pelos vistos, com pouco interesse mediático. Há alguns até, como Villepin, em confronto com Sarkozy, dispostos a deter-se para reflectir sobre as razões que terão levado a semelhante desfecho. Chegarão à conclusão, como sempre, que a culpa é deles, dos franceses. E desta vez até têm razão.
Não é difícil lá chegar: uma desastrada política de imigração, uma desastrada demografia de envelhecimento e queda de natalidade, nos últimos 35-40 anos, uma crise de identidade cultural e nacional, enfim, todos os ingredientes de um declínio civilizacional em curso, no qual muita Europa adormecida acompanha os franceses.
De pouco servirá à comunicação social uma forçada e eufemística sobriedade nas notícias, fotografias e imagens. O caos já está lançado.
Ressoam proféticos os escritos de Bardèche na sua Défense de L’Occident.
Após 200 anos de fantochada e utopia, o regime lá vai caindo de podre.
Alguns só acreditarão nesse declínio civilizacional quando virem o imã de Paris decretar a sharia.
Para todos os que ficaram estupefactos com o aparente fracasso das forças de segurança americanas perante as consequências do Katrina, entre esses os sempre críticos e sarcásticos franceses, aí têm o furacão Magreb para mostrar o que valem.
Os americanos foram uma vez a França por causa do vento leste. Será que também lá irão agora por causa do vento sul?
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Imigração, Manuel Brás