2004/11/22
A exposição sobre o “Prestige” na Estufa Fria
e o Forum de Amizade Galiza-Portugal
A sessão de encerramento, no último sábado, da exposição de fotografias sobre a tragédia de há dois anos na costa da Galiza, com o petroleiro “Prestige”, foi oportunidade de se reflectir sobre o futuro da aproximação Galiza-Portugal, a finalidade principal da criação do Forum, há oito anos.
Aproximação em que domínios?
Em minha opinião, está excluída qualquer ideia de aproximação luso-galaica que possa ser interpretada num sentido de integração ou reintegração política.
Considerando mesmo que Portugal e Galiza sejam “uma só nação”, excluo qualquer equívoca interpretação disso como ambição ou projecto de se criar um só Estado.
Acredito na reintegração linguística e cultural mas defendo que tal possibilidade não visa nem cria condições para uma unificação política da Galiza e Portugal.
Sou contra a criação e alimentação de problemas artificiais que tornariam simplesmente mais grave a coexistência política na Península Ibérica.
Isso não impede porém que sejamos audaciosos no lançamento e desenvolvimento de vias pacíficas de cooperação e relacionamento preferencial entre a Galiza e Portugal.
Há oportunidades de acção que os governos portugueses dos últimos três ou quatro anos têm vindo a criar, capazes de abrir ocasiões de cooperação em grande escala, muito íntima e de grande futuro, entre Portugal e a Galiza.
Falarei dessas oportunidades, sobre as quais a tragédia do “Prestige” nos fez reflectir.
Entidades como o Forum de Amizade têm novas oportunidades de crescer e se justificarem, se tomarem a peito lançar toda a luz sobre as novas dimensões da cooperação luso-galaica que estão a apresentar-se.
A.C.R.
(continua)
Aproximação em que domínios?
Em minha opinião, está excluída qualquer ideia de aproximação luso-galaica que possa ser interpretada num sentido de integração ou reintegração política.
Considerando mesmo que Portugal e Galiza sejam “uma só nação”, excluo qualquer equívoca interpretação disso como ambição ou projecto de se criar um só Estado.
Acredito na reintegração linguística e cultural mas defendo que tal possibilidade não visa nem cria condições para uma unificação política da Galiza e Portugal.
Sou contra a criação e alimentação de problemas artificiais que tornariam simplesmente mais grave a coexistência política na Península Ibérica.
Isso não impede porém que sejamos audaciosos no lançamento e desenvolvimento de vias pacíficas de cooperação e relacionamento preferencial entre a Galiza e Portugal.
Há oportunidades de acção que os governos portugueses dos últimos três ou quatro anos têm vindo a criar, capazes de abrir ocasiões de cooperação em grande escala, muito íntima e de grande futuro, entre Portugal e a Galiza.
Falarei dessas oportunidades, sobre as quais a tragédia do “Prestige” nos fez reflectir.
Entidades como o Forum de Amizade têm novas oportunidades de crescer e se justificarem, se tomarem a peito lançar toda a luz sobre as novas dimensões da cooperação luso-galaica que estão a apresentar-se.
A.C.R.
(continua)