2004/11/17
Contra os Nacionalismos provincianos (V)
Incluindo o Nacionalismo “Vimaranense”
(continuação)
Ainda o poste de Caturo no blogue “Gladius”, em 29 de Outubro último.
Que espécie de nacionalismo quer, reduzindo-o ao único motor da etnia ou da raça?
Faz destas umas origens privilegiadas que por si próprias justificam a grandeza e razão de ser do nacionalismo.
Tudo o que fizemos, ao longo da História, são apenas “obras”, somente “obras”, talvez obrinhas, como a Reconquista, as Descobertas, a Expansão, a Cristianização, a “vocação atlantista” e a conquista dos mares, também uma forma do nosso universalismo.
Mas tudo coisas de segunda, meras “obras”, comparadas com o mito da etnia.
Se tivéssemos ficado em Guimarães logo no começo, limitando-nos a coçar o umbigo étnico ou rácico, era exactamente o mesmo, o nosso nacionalismo.
Seríamos hoje menos ainda que Andorra, o Mónaco, o Luxemburgo, mas exactamente a mesma “pura” Nação portuguesa de há mil anos!
Realmente, o seu nacionalismo racialista não passa de um caricatural fixismo histórico, absolutamente indefensável.
Nem sequer pode Caturo estar seguro de que esses grandiosos feitos históricos sejam produto da “pureza” étnica de há mil anos.
Porque não são, com certeza.
Então, quando se mete com o Cristianismo, é ainda mais afrontoso.
Que Portugal tentaria Caturo “vender” aos eleitores portugueses, se fosse um pregador, “apóstolo” das vontades, ou um político ambicionando o voto deles?
O seu nacionalismo será tudo, menos uma entidade política consequente.
A.C.R.
(continua)
Ainda o poste de Caturo no blogue “Gladius”, em 29 de Outubro último.
Que espécie de nacionalismo quer, reduzindo-o ao único motor da etnia ou da raça?
Faz destas umas origens privilegiadas que por si próprias justificam a grandeza e razão de ser do nacionalismo.
Tudo o que fizemos, ao longo da História, são apenas “obras”, somente “obras”, talvez obrinhas, como a Reconquista, as Descobertas, a Expansão, a Cristianização, a “vocação atlantista” e a conquista dos mares, também uma forma do nosso universalismo.
Mas tudo coisas de segunda, meras “obras”, comparadas com o mito da etnia.
Se tivéssemos ficado em Guimarães logo no começo, limitando-nos a coçar o umbigo étnico ou rácico, era exactamente o mesmo, o nosso nacionalismo.
Seríamos hoje menos ainda que Andorra, o Mónaco, o Luxemburgo, mas exactamente a mesma “pura” Nação portuguesa de há mil anos!
Realmente, o seu nacionalismo racialista não passa de um caricatural fixismo histórico, absolutamente indefensável.
Nem sequer pode Caturo estar seguro de que esses grandiosos feitos históricos sejam produto da “pureza” étnica de há mil anos.
Porque não são, com certeza.
Então, quando se mete com o Cristianismo, é ainda mais afrontoso.
Que Portugal tentaria Caturo “vender” aos eleitores portugueses, se fosse um pregador, “apóstolo” das vontades, ou um político ambicionando o voto deles?
O seu nacionalismo será tudo, menos uma entidade política consequente.
A.C.R.
(continua)