<$BlogRSDUrl$>

2004/10/28

Contra o Nacionalismo provinciano 

Os nacionalistas que agora aqui se têm manifestado furiosamente contra o Novo Nacionalismo, verifico sem surpresa por aí além, querem renegar o que há de mais nobre e essencial na Nação Portuguesa: as Descobertas e Expansão pelo Mundo, e a sua inspiração e fundamentos cristãos.

Reduzem, então, Portugal a quê?

Ao “sangue”, ao sangue eleito deles próprios, naturalmente!

E se o sangue deles não passar duma aguadilha?

Teríamos com isso um nacionalismo de natureza paroquial e substancialmente provinciano.

Pequenos nacionalismos de pequenas naçõezinhas a sonharem com o protectorado de algum III ou IV Reich…

Não querem ver que não há nacionalismo desligado dum universalismo lúcido, sem o que o nacionalismo não passará, na melhor hipótese, de mero patriotismo.

É tão flagrante isso, que irão seguramente tentar emendar a mão.

Quero, no fundo, dizer que o nacionalismo que permaneça fundado puramente no “sangue”, na raça, acabará sempre por não passar de pouca coisa. E coisa cada vez mais arcaica. Ao pé de vós, o Doutor Salazar foi um grande visionário para o séc. XXII, pelo menos.

O nacionalismo do futuro e de futuro não existe evidentemente para nos fecharmos nele, como se fôssemos ceguinhos.

Acima de tudo, porém, os velhos nacionalismos, como o dos meus prezados interlocutores em questão, são ainda absolutamente inúteis para atacarmos, em grande, as enormes tarefas que o Ocidente enfrenta e vai continuar a enfrentar.

Elas exigem uma colaboração íntima e duradoura, sem mútuas desconfianças ou presunções racialistas, de muitos povos, etnias e raças.

As verdadeiras raízes da História de Portugal habilitam os Portugueses especialmente para a grandeza desse esforço e missão.

Se renegarmos esta, delapidamos os nossos melhores capitais.

António da Cruz Rodrigues (A.C.R.)

(continua)
__________________________________
Nota – Escrito isto, tive acesso ao poste de ontem do “Lusavoz” sobre “Nacionalismos”. Na verdade, é uma excelente achega para deslindar a mitologia do “nacionalismo único”. Por mim, muito agradecido.

A.C.R.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

  • Página inicial





  • Google
    Web Aliança Nacional