2004/10/21
Uma reserva ao pensamento do Dr. Miguel Jardim na sua entrevista ao “Causa Nacional”.
Quando aqui se fala de Novo Nacionalismo, falamos implícita e explicitamente de um nacionalismo de futuro e do futuro.
De futuro, isto é, com futuro.
E do futuro porque rejeita aquilo que no nacionalismo se tornou velho e caduco, ligado a circunstâncias históricas precisas e muito particulares, que fizeram os velhos nacionalismos prisioneiros das suas origens e os tornaram um fenómeno explicavelmente datado.
Nós, os novos nacionalistas, vivemos, porém, para libertar o nacionalismo dessa prisão.
Porquê?
Por entendermos que, para ser nacionalistas, não há que sermos contra o regime republicano e ser monárquicos; nem que sermos contra o sufrágio universal e pelo corporativismo como forma única de organização e representação da vontade política da Nação; nem que sermos pelo etnocentrismo ou exclusividade étnica da mesma Nação; nem que privilegiarmos esta ou aquela classe social dentro dela; etc., etc.
O Novo Nacionalismo não considera a Nação, nem sequer do ponto de vista étnico, uma entidade imutável.
Ela pode ter sido originalmente exclusivo de uma só etnia, mas a sua construção, ao longo dos séculos, pode perfeitamente tê-la levado a alargar-se muito para lá dessa exclusividade inicial, direi que circunstancial.
Parece-me, aliás, que isso, essa pluralidade étnica, é uma característica que acaba por ser essencial de todos os nacionalismos existenciais, os das Nações que a História regista.
Folgo muito em ver que todos os preconceitos dos velhos nacionalismos doutrinários, ligados às suas origens históricas, estão ultrapassados por Miguel Jardim, mas verifico que este não. Logo este, o da exclusividade étnica, que até me parece um dos menos explicáveis, e dos menos importantes historicamente para o nacionalismo, a não ser pelas teorias político-racialistas, que o vulgarizaram mas nunca foram compatíveis com o nacionalismo à portuguesa.
A.C.R.
De futuro, isto é, com futuro.
E do futuro porque rejeita aquilo que no nacionalismo se tornou velho e caduco, ligado a circunstâncias históricas precisas e muito particulares, que fizeram os velhos nacionalismos prisioneiros das suas origens e os tornaram um fenómeno explicavelmente datado.
Nós, os novos nacionalistas, vivemos, porém, para libertar o nacionalismo dessa prisão.
Porquê?
Por entendermos que, para ser nacionalistas, não há que sermos contra o regime republicano e ser monárquicos; nem que sermos contra o sufrágio universal e pelo corporativismo como forma única de organização e representação da vontade política da Nação; nem que sermos pelo etnocentrismo ou exclusividade étnica da mesma Nação; nem que privilegiarmos esta ou aquela classe social dentro dela; etc., etc.
O Novo Nacionalismo não considera a Nação, nem sequer do ponto de vista étnico, uma entidade imutável.
Ela pode ter sido originalmente exclusivo de uma só etnia, mas a sua construção, ao longo dos séculos, pode perfeitamente tê-la levado a alargar-se muito para lá dessa exclusividade inicial, direi que circunstancial.
Parece-me, aliás, que isso, essa pluralidade étnica, é uma característica que acaba por ser essencial de todos os nacionalismos existenciais, os das Nações que a História regista.
Folgo muito em ver que todos os preconceitos dos velhos nacionalismos doutrinários, ligados às suas origens históricas, estão ultrapassados por Miguel Jardim, mas verifico que este não. Logo este, o da exclusividade étnica, que até me parece um dos menos explicáveis, e dos menos importantes historicamente para o nacionalismo, a não ser pelas teorias político-racialistas, que o vulgarizaram mas nunca foram compatíveis com o nacionalismo à portuguesa.
A.C.R.
