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2004/10/26

Que modelo de nacionalismo gostariam de impor em Portugal! 

Devia estar satisfeito por ter conseguido.

Conseguido o quê?

Conseguido chamar a atenção para a
entrevista do Dr. Miguel Jardim ao “Causa Nacional”, com o meu comentário a um ponto da 2ª parte dela.

Mas não podia ficar satisfeito.

O certo é que há reacções a esse comentário de quem tenha perdido de todo as estribeiras.

O silêncio sobre a entrevista até aí era completo, ao que percebo, do que
alguns confessam, por a entrevista ser… demasiado densa e o tempo para estudá-la lhes faltar.

Que desculpa esfarrapada!

Mas como era preciso exibir “pensamento”, tanto quanto possível original… houve quem recorresse aos consabidos temas do mais estafado bolor “nacionalista”.

“Nacionalismo há só um,
o deles e mais nenhum!”

Só o nacionalismo sem Deus, Deus do Cristianismo ou de qualquer Religião monoteísta, pode chamar-se nacionalismo — alegam, em linhas e entrelinhas.

O lugar de Deus, nesse caso, pertenceria à raça ou, até, à etnia.

Subentendido — mas nem sempre, algumas vezes descuidam-se — que não ousam o passo supremo: a proclamação da “raça superior”, com certeza ariana e dominadora de todas as demais raças.

Mas onde foram buscar tal nacionalismo?

Não saiu seguramente senão de cabeças arianizadas!

Mas para Portugal e em Portugal?!

Querem conquistar Portugal, com um nacionalismo sem Deus, racista, inimigo do universalismo cristão e português?

Há qualquer coisa de profundamente desajustado a Portugal e aos Portugueses, qualquer coisa que só podem ter ido buscar ao lixo duma História que nunca por aqui passou!

É pura demência, mesmo que apenas politicamente.

Claro que esse nacionalismo não é o dos novos nacionalistas; é todo ele um nacionalismo que repudiamos e com que ninguém poderá confundir-nos.

Nada aliás de novo nesta atitude. Está largamente explicada em dezenas e dezenas de postes aqui. Só não sabe o que é o nosso novo nacionalismo quem não queira. Concordo que não é cómodo, porque, não vivendo de chavões, obriga a pensar e pôr em questão velhos lugares-comuns.

A.C.R.

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