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2004/02/17

O balanço do Novo Nacionalismo Português continua (X). 

O M.P.P. espelhou bem o período em que viveu.
Actividades outras, paralelas, do grupo do VECTOR.


(continuação do post de 2004/02/16)

Enquanto prosseguia com intensidade a sua ligação ao M.P.P., o grupo do VECTOR impulsionava outras iniciativas.

Além do “empurrão” já referido ao nascimento do “Bandarra” e do indispensável apoio logístico continuado à sua publicação, conseguimos manter sem uma quebra a saída regular da revista “Resistência”.

Por aqueles tempos foram a “Resistência” e o “Jornal de Economia e Finanças”, as únicas publicações anteriores a 25 de Abril de 1974 que sobreviveram à Revolução, resistindo e reagindo sempre, conforme a sua vocação de origem, ao rumo anti-nacional que os Comunistas, e seus apaniguados da altura, quiseram imprimir-lhe furiosamente.

Quando, em Junho/74, Spínola fez o seu famoso discurso para a descolonização, renegando inclusivamente os termos em que a questão fora apresentada no dia do levantamento pela “Junta de Salvação Nacional”, a que ele presidia, a “Resistência” publicou um editorial em que atacava frontalmente o pronunciamento do então Presidente da República.

Nos termos da lei da Imprensa então vigente, já do Governo do Coronel Gonçalves, o editorial valeu-nos prontamente a pesada multa de cem contos, o equivalente, a preços de hoje, a cerca de 4000 contos (20.000 euros).

Teríamos de pagar, sob pena de ser impedidos de publicar a revista, e não tínhamos o dinheiro, naturalmente.

Fizemos um apelo de urgência aos nosso assinantes. E a reacção deles foi notável: em pouco mais de quinze dias juntámos perto de 200 contos, praticamente o dobro do que pedíramos, o que veio ajudar muito as contas da Editora, que nunca foram famosas e, antes pelo contrário, sempre deficitárias.

Daí em diante, a “Resistência” superou-se a si própria a ponto de poder afirmar-se — lembro-me do que um dia me disse o senhor Dom Duarte Pio de Bragança a esse respeito — que foi um dos melhores repositórios de críticas e comentários à governação, durante todo o PREC. Aos olhos de alguns, nos quais incluo o Senhor Duque de Bragança, terá sido mesmo o melhor, com a regularidade quinzenal que então conseguiu manter.

Chegou a ter mais de 3500 assinantes, o que para uma revista de cultura, doutrina e crítica foi, nesse tempo, um feito notável.

Era seguramente a revista não eclesiástica com mais sacerdotes como assinantes, que chegaram a ser mais de 1000, o que dá ainda mais a ideia da influência que poderá ter exercido.

Tudo isso enquanto o PREC decorria e o grupo fundador da revista, o grupo do VECTOR, desenvolvia a sua acção em várias direcções com o mesmo empenhamento e unidade estratégica, a curto e a longo prazo.

A.C.R.

(continua num próximo post)

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