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2012/04/18

O maior problema dos portugueses 

Quando os portugueses são convidados a falar sobre a crise e a sua hipotética resolução tendem sempre a dizer que os políticos e o Estado agora dão menos coisas ao povo, e apelam para que os mesmos políticos e o Estado lhes voltem a dar essas coisas. Essas coisas são principalmente crédito, emprego e mais alguns benefícios.

Aqui está precisamente o maior problema dos portugueses: convenceram-se que são os políticos e o Estado que lhes dão emprego e crédito, assim, em geral. É claro que a crise veio clarificar tudo isto. O Estado dá emprego, sim, mas muito mais do que aquele que é necessário para servir a comunidade. Sem dúvida, tem sido muito mais o Estado a servir-se da comunidade dos contribuintes, do que o contrário. Daí que as contas do Estado ao longo de décadas se tenham tornado deficitárias e hoje são o desastre que se sabe.

Os políticos, do Partido Comunista ao CDS, nunca se importaram de manter os portugueses na fantasia e na ilusão de que são eles e o Estado que lhes dão tudo. Essa ilusão ajuda a ganhar eleições e a eleger deputados: o que mais interessa é garantir tachos aos aparelhos partidários. Nos aparelhos partidários nunca há desemprego.

É este o grande problema dos portugueses: a dependência do Estado e dos políticos em tudo e para tudo. É por isso que os portugueses dificilmente sairão da crise, porque continuam a confiar e a depender daqueles que, irresponsavelmente, os trouxeram para a crise. Os portugueses, na sua generalidade e na sua ingenuidade, nunca se habituaram a ser independentes do Estado e dos políticos.

Com um Estado quase falido, a fantasia e a ilusão continuam.
manuelbras@portugalmail.pt

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