2012/01/10
Considerações contemporâneas
O actual reboliço da caça ao "quem é quem" só pode espantar quem, ao longo de várias décadas, não se apercebeu de quanto a generalidade dos políticos, e do sistema político português, são rascas e medíocres, especialmente os da "direita" (CDS e PSD), ao ponto de, cada vez mais, se inibirem de dizer o que pensam e o que tencionam fazer sobre os mais variados assuntos. Eles têm sempre dois tipos de discursos: um para os que gostam dos (poucos e difusos) princípios programáticos do partido e outro para os que não gostam. Ou seja defendem tudo e o seu contrário. O que não podem é perder um voto por causa de uma convicção séria.
O actual reboliço também explica a opacidade de um regime em que ilustres desconhecidos dos eleitores são eleitos sem saber como, só porque foram alcandorados pelo aparelho do partido à lista, sabe-se lá porquê. Tudo isto sem deixar de ser verdade que os eleitores nunca pedem contas aos políticos nem aos governantes sobre a forma como estes os representaram.
Assim como explica a progressiva imbecilização de gerações através da imprensa monocromática e de um sistema de ensino que mais não é do que o ensino do sistema.
Assim como explica que o famoso "Estado social" se tenha transformado na maior ameaça anti-patriótica em Portugal.
Pobres dos militantes do PS, do PSD e do CDS, que julgavam que mandavam nos seus partidos e afinal...
Mas nem tudo está perdido, tenhamos esperança. No meio desta confusão toda, pelo menos, fez-se uma descoberta histórica sem precedentes, que desmascara a antiga forma de escrever a História que nos tem enganado desde a Idade Média. Os novos e iluminados investigadores, da craveira de um Rodrigues dos Santos, de um Saramago ou de um Dan Brown, descobriram que afinal Mozart, não foi um brilhante compositor e músico do século XVIII, como os historiadores retrógrados o quiseram pintar, mas sim um humilde executivo da Ongoing.
Portugal morre, sim senhor, mas vai de avental.
Que maior honra poderíamos querer?
manuelbras@portugalmail.pt
O actual reboliço também explica a opacidade de um regime em que ilustres desconhecidos dos eleitores são eleitos sem saber como, só porque foram alcandorados pelo aparelho do partido à lista, sabe-se lá porquê. Tudo isto sem deixar de ser verdade que os eleitores nunca pedem contas aos políticos nem aos governantes sobre a forma como estes os representaram.
Assim como explica a progressiva imbecilização de gerações através da imprensa monocromática e de um sistema de ensino que mais não é do que o ensino do sistema.
Assim como explica que o famoso "Estado social" se tenha transformado na maior ameaça anti-patriótica em Portugal.
Pobres dos militantes do PS, do PSD e do CDS, que julgavam que mandavam nos seus partidos e afinal...
Mas nem tudo está perdido, tenhamos esperança. No meio desta confusão toda, pelo menos, fez-se uma descoberta histórica sem precedentes, que desmascara a antiga forma de escrever a História que nos tem enganado desde a Idade Média. Os novos e iluminados investigadores, da craveira de um Rodrigues dos Santos, de um Saramago ou de um Dan Brown, descobriram que afinal Mozart, não foi um brilhante compositor e músico do século XVIII, como os historiadores retrógrados o quiseram pintar, mas sim um humilde executivo da Ongoing.
Portugal morre, sim senhor, mas vai de avental.
Que maior honra poderíamos querer?
manuelbras@portugalmail.pt
