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2011/12/02

A Primavera no Inverno 

As revoluções e revoltas que se têm sucedido, e continuam a suceder, no Norte de África e Médio Oriente, mostram como na Europa e no Ocidente reina a ingenuidade e a falta de prudência quando se trata de olhar para os acontecimentos fora de portas e de os designar. É o que acontece com o termo "Primavera" para designar os processos revolucionários em curso na Tunísia, no Egipto, na Líbia, na Síria, no Iémene, e noutros que se venham a somar.

Ninguém sabe o desfecho de tudo isto, mas é perfeitamente possível que partidos islamistas próximos da Irmandade Muçulmana ou outros próximos do Irão, como o Hezbollah no Líbano ou o Hamas na Palestina, venham a deter o poder, por via de eleições, e impôr a sharia, com as consequentes restrições à liberdade e profundas alterações no relacionamento político entre as Nações europeias e esses países, para além do encorajamento que tal conjuntura política oferece ao já indesmentível desígnio cultural, político e religioso, existente nessas sociedades, de transformar a Europa em território islâmico.

Se tal acontecer, será que os líderes políticos europeus e a imprensa europeia vai continuar a chamar a isto "primavera"?

É o perigo de pôr nomes às coisas antes de saber o que elas são.

http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204397704577070063237428728.html?mod=WSJEUROPE_hpp_MIDDLEThirdNews


http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204397704577070063237428728.html?mod=WSJEUROPE_hpp_MIDDLEThirdNews#project%3DMIDEASTTIMELINE1102%26articleTabs%3Dinteractive




manuelbras@portugalmail.pt

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