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2010/06/09

Esquerda e Direita: a última diferença 

Manuel Brás

A última incoerência do Prof. Cavaco Silva deu azo, mais uma vez, a comentários políticos sobre a direita que ele, os Profs. Marcelos, Ferreiras Leites, Paulos Portas, Teresas Caeiros, etc, dizem representar.

Mas a pergunta que se impõe na verdade é esta: essa direita, na realidade, existe? É óbvio que não. É apenas virtual. Dá para eleger uns deputados? Sem dúvida, mas isso não incomoda a esquerda. Não tem qualquer poder perante a máquina do Estado, absolutamente dominada pela esquerda. Essa direita até pode estar no governo, mas não está no poder, o que é bem diferente. Essa direita não tem, hoje, a capacidade de mudar uma vírgula na política portuguesa, nem de dar outro rumo aos destinos do país.

Um Presidente que tem que fazer o contrário daquilo que preconiza para se manter à tona é a prova inequívoca de que não tem poder. Aqueles que votaram nele, afinal não votaram nele mas num poder desconhecido que o emparedou.

Essa Direita nem sequer é capaz de combater pelos seus princípios e convicções, se é que os tem, no terreno público e político. Essa Direita nem sequer consegue mandar para a rua uma centena de manifestantes a protestar contra a maior injustiça que o Estado jamais exerceu sobre os contribuintes portugueses: aumentar os impostos para continuar a pagar esse poço sem fundo que é o défice do Estado, provocado por anos e anos de má gestão e utilização pela esquerda que é quem o domina. Todos sabem que o Estado, e o que é chamado “público”, é propriedade privada da esquerda.

Essa Direita tem responsabilidade mas mostra não ter convicções. A esquerda tem convicções mas mostra não ter responsabilidade. Não faz, por isso, sentido tentar estabelecer hoje, em Portugal, uma distinção entre direita e esquerda, porque uma delas simplesmente não existe.

Se o Prof. Cavaco Silva procedeu como procedeu com medo de perder as próximas eleições, então os partidários do Dr. Manuel Alegre que votem nele.

Eleitoralmente, talvez ainda exista uma diferença entre direita e esquerda em Portugal: a esquerda defende ferozmente as suas convicções, a direita engana e ofende os seus eleitores.

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