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2009/04/06

A oportunidade que faltava 


Manuel Brás

O governo do Engº Sócrates tem-se desmultiplicado – ou multiplicado – em iniciativas para facilitar o acesso a computadores, habilitações, novas oportunidades, enfim, para que nada falte, especialmente votos, no dia das eleições. Tudo oferecido com dinheiro dos contribuintes. Que generosos são: mais de 700 mil computadores!

Mas faltava ainda uma nova – e derradeira – oportunidade aos idosos, que o engenheiro não vai desperdiçar: a eutanásia. A última e imperdível oportunidade para chegar à meta: a morte.

Dirão, piedosamente, que é para evitar o sofrimento aos idosos. Mas depois vem a “informação” sobre o “direito a uma morte digna”, que induz nos idosos e doentes um clima de inutilidade vital, enviesando a perspectiva da vida, e os leva, com a percepção criada por esse clima de inutilidade e de “dar trabalho e despesas aos outros”, a “pedir” a “morte assistida”. O truque é bom de ver e, sem dúvida, poupa umas massas ao Orçamento do Estado. É isto que eles chamam “evitar o sofrimento”.

Claro que para os cavaleiros andantes da eutanásia, como o Engº Sócrates, os cuidados paliativos, o acompanhamento familiar e todo aquele que possa dar sentido ao sofrimento e às limitações próprias da velhice e da doença não lhes fazem sentido. Para eles, o que faz sentido é ser o Estado, ou seja eles próprios, a controlar e gerir a esperança de cada um.

O Estado também passa a controlar a esperança, a vida e a morte.

Com o governo do Engº Sócrates não se pode nascer nem morrer em paz. É preciso muita sorte para escapar ao governo.

Idosos e doentes: preparai-vos, que o Engº Sócrates dá-vos a última oportunidade!

manuelbras@portugalmail.pt

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