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2009/03/30

Double Standard 

Manuel Brás

A polémica mediática – porque de facto ela só existe nas redacções de muitos media – à volta das considerações de Bento XVI sobre a forma como o “combate” à propagação do HIV/SIDA tem sido conduzido por certas organizações e sua eficácia, continua viva e a demonstrar uma grande duplicidade de critérios na forma como o Papa tem sido (mal) tratado na imprensa.

De facto, Bento XVI tem sido insultado como ignorante, uma das piores figuras do mundo e como alguém que não vive “neste mundo” – o que será isso? Por vezes o ataque é mais soft, ficando apenas pela insinuação e por considerar a referência como infeliz.

É curioso que o pessoal da tolerância e do diálogo agora já não quer tolerância – a paciência de perceber o que Bento XVI efectivamente disse – nem diálogo. A tolerância e o diálogo são para os outros, não se adequam à superioridade moral desta gente.

É curioso que eles responderam a Bento XVI com insultos mais ou menos velados, mas nunca foram capazes de explicar nem demonstrar porque é ignorante e está errado. Porque, com efeito, estas considerações, sendo da natureza que são, nem sequer são matéria de fé ou de revelação, mas apenas da razão e do bom senso.

O que havemos de pensar sobre a eficácia da distribuição de preservativos quando há vinte anos ou mais que se derretem milhões e milhões de dólares nessa demanda, incluindo gigantescas campanhas publicitárias até à exaustão para amestrar a populaça, enquanto o nº de pessoas com HIV/SIDA continua a aumentar? Somos obrigados a acreditar que é eficaz? Porquê?

O que havemos de pensar sobre o assunto quando os poucos países (Uganda, Quénia, Etiópia) em que esses números têm diminuído são aqueles que mobilizaram recursos para alertar as populações para a importância de mudar comportamentos, sobretudo evitar a promiscuidade sexual, procurando a abstinência, em jovens, e a fidelidade conjugal?

Outra curiosidade é que esta gente acha que os outros se devem sacrificar e privar de tudo quando se trata de evitar emissões de CO2 – da electricidade, do automóvel, talvez até de respirar – mas acham que isso já não deve acontecer quando se trata de modificar comportamentos para evitar os contágios de HIV/SIDA. Ora bolas, então eles não sabem que o CO2 também usa preservativo e assim já não aquece o planeta, nem altera o clima?

Resumindo e concluindo: pode-se questionar e criticar tudo, especialmente lances de futebol, telenovelas, concursos, e outras coisas transcendentes como essas, à excepção de: eficácia do preservativo na propagação do HIV/SIDA, aquecimento global antropogénico e as alterações climáticas, o darwinismo, o ateísmo, a orientação sexual e os “direitos reprodutivos”, o aborto e os casamentos gay.

Noticiava um periódico que certa organização tencionava enviar preservativos, com a figura de Bento XVI na embalagem, para o Vaticano em sinal de “provocação pacífica”. E eu pensava no que fazer para “provocar pacificamente” essas organizações. Mas, de facto, não é preciso fazer nada. Basta a realidade e os seus números. Essa é a verdadeira e única provocação para eles.

http://article.nationalreview.com/?q=YzJlNzBiNWRlM2IyYzFjZThjNmUwOTcyN2JlZWI0NTY=#more


manuelbras@portugalmail.pt

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