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2009/03/24

A consagração de um mito 


Manuel Brás

Quando alguém questiona ou manifesta dúvidas sobre algum assunto e tem como resposta uma reacção corporativa de certos sectores do mundo jornalístico baseada na histeria e no insulto, então é caso mesmo para desconfiar. Foi o que sucedeu a Bento XVI: muitos o insultaram, mas foram poucos aqueles que procuraram esclarecer, ou até revelar dentro do contexto, o conteúdo das suas palavras. Poucos tiveram a lealdade de tentar clarificar e aceitar uma proposta diferente da versão oficial veiculada pelos media, como se ela fosse um dogma e os media infalíveis.

Dá até a sensação que querem esconder alguma coisa que têm medo que se saiba e que ninguém pode ter outro entendimento ou convicção diferente do endoutrinamento mediático.

Mas será que a receita do preservativo resolve mesmo o problema da propagação do HIV? Se resolve, então porque é que onde essa receita foi aviada – e já lá vão 20 anos – o número de pessoas contaminadas nunca parou de aumentar ou, pelo menos, nunca diminuiu significativamente? Simbolicamente, Camarões é um exemplo acabado disso: entre 1992 e 2001 as vendas de preservativos passaram de 6 para 15 milhões de dólares, enquanto a prevalência de HIV triplicou de 3 para 9%.

Pelo contrário, nos poucos países que encorajaram as populações à abstinência de promiscuidade sexual, sobretudo entre os jovens, à redução de parceiros e à fidelidade conjugal, as prevalências de HIV diminuíram significativamente, como sucedeu no Uganda e, mais recentemente, no Quénia.

E em Portugal, porque é que ao fim de 20 anos de campanhas de promoção dos preservativos o nº de infectados com HIV nunca parou de crescer?

Devido à abstinência não foi de certeza.

A pergunta a que é preciso responder com verdade é esta: é a utilização de preservativos eficaz a 100% na prevenção do contágio de HIV? É que, se não é, encorajar a promiscuidade e o preservativo acaba por ser contraproducente e dar o que se vê.

Desprezar políticas que esclareçam e encorajem à abstinência, à redução de parceiros e à fidelidade conjugal é que é verdadeiramente criminoso. A responsabilidade dos actos é de cada um que os pratica, mas a desinformação e a censura tem outros responsáveis.

Aqueles que aproveitaram a ocasião para insultar Bento XVI, talvez até ignorando a realidade da vida de muitas pessoas em África, pensando que é o mesmo que em Lisboa, Paris ou S. Francisco, têm que pensar bem se aquilo que real e prioritariamente pretendem é combater a SIDA… ou outras coisas.

Enquanto eles se definem, de uma coisa podemos estar certos: Bento XVI está na moda.

Para quem é acusado de não viver neste mundo, nada mau.

Mas eles têm uma certa razão: há vários, ou até muitos mundos.

Há um mundo em que inequivocamente os Papas não têm vivido nas últimas décadas – nem Bento XVI, nem João Paulo II, nem Paulo VI – que é o mais tenebroso e sinistro de todos os mundos: o mundo jornalístico.


http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/march/documents/hf_ben-xvi_spe_20090317_africa-interview_it.html

http://www.mercatornet.com/articles/view/african_aids_the_facts_that_demolish_the_myths/


manuelbras@portugalmail.pt

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