2006/08/09
“Fazemos um ano”, lembra o “combustões”,
Além doutras coisas muito a propósito.
Incluindo a maior tentação do Demo…
Parabéns Dr. Miguel Castelo-Branco!
Mas lamento o seu desejo de “alijar o fardo”, assim prematuramente, porque o chamam outros compromissos “importantes”.
Tanto mais que corremos o risco de, por essa forma, se perder para a blogosfera quem nos diz coisas tão provocatórias, que chamam a atenção e fazem pensar, convocando e estimulando as nossas próprias memórias, como na seguinte passagem deste seu referido poste de sete do corrente, segunda feira última.
“Julgo que cumpri o que prometera: (…) revelar a metamorfose que se operou em mim ao longo dos últimos dez anos, (…) não ceder ao desalento de verificar que aquele campo político a que pertenci um dia está, como dantes, imperturbável perante o caminhar da história (…).”
Trazem-me as suas palavras a recordação de tantos amigos que bem conheço, em cujos olhares e gestos melancólicos leio e imagino a angústia de não poderem libertar-se da prisão, livremente aceite, de certas posições antigas já sem razões de ser, mas que recusam alterar porque se sentiriam traidores e eles não o suportariam, nem moral nem fisicamente.
Outros não suportam aquela angústia, mas ultrapassam-na ostentando o orgulho de não dobrar nem mudar, porque são de “antes quebrar que torcer” e assim querem morrer, sem contas a prestar a quem quer que seja, incluindo a sua consciência.
São, uns e outros, os que nunca confessarão que já não são ou que, de facto, nunca foram…
Racistas…
Patriotas do germanismo…
Anti-judaicos…
Totalitários…
Incensadores do “partido único”…
Inimigos secretos da burguesia e cultores do mítico proletariado…
Etc., etc., etc..
Confessá-lo, seria uma fraqueza que não suportariam, porque, para eles, mudar é necessariamente fraquejar e uma cobardia.
E não acreditam em actos de inteligência.
Sempre suspeitaram, no fundo, da inteligência que, para seu gosto, sempre se lhes afigurou e afigura demasiado volúvel e insegura, um tanto de barata tonta.
A inteligência faz ondas demais, pode tornar-se incontrolável!
Na verdade a única posição certa e segura, para eles, seria o imobilismo.
Daí é que não vem mal ao mundo, têm a certeza!
Ah! Pudessem eles travar a História, essa permanente fonte de surpresas e novidades, de imprevistos e imprevisível, de benesses e catástrofes!
Ah! Eles, se contemporâneos de Franco e seus companheiros e companheiras, nunca entrariam no Levantamento nacionalista do 18 de Julho de 1936…
Só veriam, “nisso”, a possibilidade certa de derrota e catástrofe…
Nunca acreditariam que o Levantamento mudaria a Europa e o mundo, para melhor, a 55 anos de longo prazo! Porque o Levantamento só poderia ter sido uma derrota, uma imensa derrota…
Que não foi!
Obrigado, pois, caríssimo Dr. Miguel Castelo Branco.
Por me ter obrigado a reflectir alto sobre os malefícios dessa coisa que às vezes anda hoje por aí tão louvada…
O IMOBILISMO!
A suprema e selecta preguiça…
O SANTO IMOBILISMO!
De que Deus nos livre…
Dessa incrível tentação do Demónio!
A.C.R.
Mas lamento o seu desejo de “alijar o fardo”, assim prematuramente, porque o chamam outros compromissos “importantes”.
Tanto mais que corremos o risco de, por essa forma, se perder para a blogosfera quem nos diz coisas tão provocatórias, que chamam a atenção e fazem pensar, convocando e estimulando as nossas próprias memórias, como na seguinte passagem deste seu referido poste de sete do corrente, segunda feira última.
“Julgo que cumpri o que prometera: (…) revelar a metamorfose que se operou em mim ao longo dos últimos dez anos, (…) não ceder ao desalento de verificar que aquele campo político a que pertenci um dia está, como dantes, imperturbável perante o caminhar da história (…).”
Trazem-me as suas palavras a recordação de tantos amigos que bem conheço, em cujos olhares e gestos melancólicos leio e imagino a angústia de não poderem libertar-se da prisão, livremente aceite, de certas posições antigas já sem razões de ser, mas que recusam alterar porque se sentiriam traidores e eles não o suportariam, nem moral nem fisicamente.
Outros não suportam aquela angústia, mas ultrapassam-na ostentando o orgulho de não dobrar nem mudar, porque são de “antes quebrar que torcer” e assim querem morrer, sem contas a prestar a quem quer que seja, incluindo a sua consciência.
São, uns e outros, os que nunca confessarão que já não são ou que, de facto, nunca foram…
Racistas…
Patriotas do germanismo…
Anti-judaicos…
Totalitários…
Incensadores do “partido único”…
Inimigos secretos da burguesia e cultores do mítico proletariado…
Etc., etc., etc..
Confessá-lo, seria uma fraqueza que não suportariam, porque, para eles, mudar é necessariamente fraquejar e uma cobardia.
E não acreditam em actos de inteligência.
Sempre suspeitaram, no fundo, da inteligência que, para seu gosto, sempre se lhes afigurou e afigura demasiado volúvel e insegura, um tanto de barata tonta.
A inteligência faz ondas demais, pode tornar-se incontrolável!
Na verdade a única posição certa e segura, para eles, seria o imobilismo.
Daí é que não vem mal ao mundo, têm a certeza!
Ah! Pudessem eles travar a História, essa permanente fonte de surpresas e novidades, de imprevistos e imprevisível, de benesses e catástrofes!
Ah! Eles, se contemporâneos de Franco e seus companheiros e companheiras, nunca entrariam no Levantamento nacionalista do 18 de Julho de 1936…
Só veriam, “nisso”, a possibilidade certa de derrota e catástrofe…
Nunca acreditariam que o Levantamento mudaria a Europa e o mundo, para melhor, a 55 anos de longo prazo! Porque o Levantamento só poderia ter sido uma derrota, uma imensa derrota…
Que não foi!
Obrigado, pois, caríssimo Dr. Miguel Castelo Branco.
Por me ter obrigado a reflectir alto sobre os malefícios dessa coisa que às vezes anda hoje por aí tão louvada…
O IMOBILISMO!
A suprema e selecta preguiça…
O SANTO IMOBILISMO!
De que Deus nos livre…
Dessa incrível tentação do Demónio!
A.C.R.
Etiquetas: racismo e racialismo