2006/08/04
Atenção a Cuba!
Não são poucos os que já se perfilam para fazer perdurar a canga do castrismo…
Como era de prever, o presidente da Venezuela e o da Bolívia logo anunciaram alto e bom som que iam “rezar” piedosamente pelas melhoras rápidas e radicais do ex-dono de Havana e sua ilha.
Enquanto isso, os cubanos do interior, que se saiba, continuam silenciosos e sem reagir.
Acreditarão que o silêncio e a passividade fazem milagres?
Temem reagir cedo demais, quando o poder ainda exibe porventura capacidade para esmagar qualquer tentativa de subverter o regime?
Ou será que todas as possibilidades e mecanismos de resistência e reacção foram efectivamente esterilizados e Cuba não passa de mole amorfa a que o status quo é perfeitamente indiferente?
Digo indiferente porque, de qualquer modo, também não parece o status quo suscitar o mínimo sintoma de paixão.
Mas as forças armadas, isto é, o exército, terá sido colocado em alerta máximo desde terça-feira, além de que milícias civis terão sido “avisadas para prevenirem eventuais desordens internas e… uma possível invasão dos EUA.”
Isto é, o exército joga pelo seguro e uma certa guarda pretoriana do regime, as milícias civis, foram mobilizadas antes que seja tarde, como se a confiança no exército não fosse completamente tranquilizadora.
Talvez um primeiro bom sinal…
Também agitar o papão dos EUA pode ir no mesmo sentido de sinal animador.
Em países de grande tradição de autonomia da sociedade civil, como os do antigo Leste europeu, não foi possível aos regimes comunistas esterilizarem o potencial de revolta dessa sociedade.
Fidel tê-lo-á conseguido em Cuba?
Talvez se possa dizer que seria um resultado inédito, em grande parte propiciado pela natureza insular do país.
Nenhum vizinho pode fornecer o mais pequeno fermento para a mais ligeira tentativa de insurreição.
Aos próprios EUA ficaria mal e seria contraproducente tentá-lo sequer, agora.
Não resta dúvida de que a salvação libertadora só pode vir de dentro.
A verdade é que o mundo está demasiado ocupado com o Próximo e Médio Oriente e que dele não se deve ou tem que esperar nada.
Felizmente, quero crer.
É importante deixar aos cubanos a oportunidade de provarem que são capazes e que sabem resolver o seu problema crucial.
Ou teremos de admitir que os factores que permitiram a sobrevivência tão longa de um regime totalitário, antecedido por sua vez de anos da ditadura de Fulgêncio Baptista, vão ainda permitir a sobrevivência da ditadura dos irmãos Castro?
Não passará Cuba de uma velha e persistente colónia, de que apenas possam esperar-se moleza e submissão?
A.C.R.
Enquanto isso, os cubanos do interior, que se saiba, continuam silenciosos e sem reagir.
Acreditarão que o silêncio e a passividade fazem milagres?
Temem reagir cedo demais, quando o poder ainda exibe porventura capacidade para esmagar qualquer tentativa de subverter o regime?
Ou será que todas as possibilidades e mecanismos de resistência e reacção foram efectivamente esterilizados e Cuba não passa de mole amorfa a que o status quo é perfeitamente indiferente?
Digo indiferente porque, de qualquer modo, também não parece o status quo suscitar o mínimo sintoma de paixão.
Mas as forças armadas, isto é, o exército, terá sido colocado em alerta máximo desde terça-feira, além de que milícias civis terão sido “avisadas para prevenirem eventuais desordens internas e… uma possível invasão dos EUA.”
Isto é, o exército joga pelo seguro e uma certa guarda pretoriana do regime, as milícias civis, foram mobilizadas antes que seja tarde, como se a confiança no exército não fosse completamente tranquilizadora.
Talvez um primeiro bom sinal…
Também agitar o papão dos EUA pode ir no mesmo sentido de sinal animador.
Em países de grande tradição de autonomia da sociedade civil, como os do antigo Leste europeu, não foi possível aos regimes comunistas esterilizarem o potencial de revolta dessa sociedade.
Fidel tê-lo-á conseguido em Cuba?
Talvez se possa dizer que seria um resultado inédito, em grande parte propiciado pela natureza insular do país.
Nenhum vizinho pode fornecer o mais pequeno fermento para a mais ligeira tentativa de insurreição.
Aos próprios EUA ficaria mal e seria contraproducente tentá-lo sequer, agora.
Não resta dúvida de que a salvação libertadora só pode vir de dentro.
A verdade é que o mundo está demasiado ocupado com o Próximo e Médio Oriente e que dele não se deve ou tem que esperar nada.
Felizmente, quero crer.
É importante deixar aos cubanos a oportunidade de provarem que são capazes e que sabem resolver o seu problema crucial.
Ou teremos de admitir que os factores que permitiram a sobrevivência tão longa de um regime totalitário, antecedido por sua vez de anos da ditadura de Fulgêncio Baptista, vão ainda permitir a sobrevivência da ditadura dos irmãos Castro?
Não passará Cuba de uma velha e persistente colónia, de que apenas possam esperar-se moleza e submissão?
A.C.R.