2006/08/08
Perseverança, uma virtude de 2ª ordem, se...
Vem isto a propósito dos fartos louvores que já temos recebido, nós os bloggers capazes de durar muito para lá do normal e com produção regular e muito assídua.
Penso que esta perseverança não é, por si só, uma grande virtude ou que exija méritos excepcionais.
Sendo ela uma virtude instrumental, diria que vale por aquilo ao serviço do que seja posta.
Ter presença regular e assídua na internet ou, em particular, na blogosfera poderia não exigir mais que teimosia, mais que capacidade de trabalho e mais que atenção aos acontecimentos, além de… alguma vaidade ou, nos melhores casos, algum orgulho e capacidade de expressão.
Acresce que tal perseverança é ainda menos notável naqueles que adquirimos grandes recursos de experiência e manhas na vida, pela idade, pela riqueza e variedade de situações que tivemos de viver e enfrentar, pela abundância de iniciativas e contactos em que nos envolvemos ou pela cultura que fomos arrecadando e de que fomos aprendendo a tirar proveito e a destilar, enfim, vá lá, algumas subtilezas e originalidades.
Considero-me um dos bafejados por aqueles louvores, que muito agradeço a todos que se têm dignado fazer-nos, como ainda ontem o Dr. Miguel Castelo Branco. Mas sobretudo porque quero ver neles o reconhecimento da fidelidade aos objectivos que desde o princípio aqui me propus.
Resumi-los-ia nisto: um revisionismo nacionalista.
A palavra revisionismo não anda desde há anos em muito boas companhias.
E com a palavra nacionalismo também isso acontece ainda mais correntemente e em grau muito maior.
Mas por isso mesmo se torna ainda mais urgente e indispensável limpar o nacionalismo das confusões que o inquinam e abastardam, procedendo à sua revisão crítica.
Não vou mais longe.
Recordo exemplos, desde já.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-democrático, isto é, essencialmente contra o sufrágio universal, muito pelo contrário.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-cristão ou anti-católico.
O novo nacionalismo não tem que ser, monárquico nem republicano.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-judaico nem anti-israelita.
O novo nacionalismo é ocidental-atlantista.
O novo nacionalismo luta pelo poder em igualdade de condições com os demais partidos.
O novo nacionalismo não é anti-burguês nem fomenta a “luta de classes”.
O novo nacionalismo não é totalitário.
O novo nacionalismo não configurará regimes de partido único.
O novo nacionalismo não é, não pode ser racista, mas é anti-racista.
Etc., etc., etc..
Teremos conseguido propor e prosseguir os nossos objectivos, ao longo de talvez mais de duas mil páginas de texto da blogosfera, em três anos, tantas das quais suscitaram reacções negativas, mas também bastas reacções positivas, seguramente que menos, creio que por o assunto ser agressivo ou provocador e sobretudo novo?
Ter-se-á sido suficientemente agressivo, suficientemente provocador, suficientemente inovador?
Do que não tenho dúvidas é de continuar no mesmo sentido, enquanto a Providência mo permitir.
Mas, desde já, uma coisa quero salientar.
É quanto me têm sido úteis os que me apoiaram e os que me contraditaram, pelos horizontes e caminhos que tantas vezes abriram à revisão dos tabus do nacionalismo, com as suas críticas, observações, sugestões, conhecimentos específicos e a inteligência de que
A.C.R.
Penso que esta perseverança não é, por si só, uma grande virtude ou que exija méritos excepcionais.
Sendo ela uma virtude instrumental, diria que vale por aquilo ao serviço do que seja posta.
Ter presença regular e assídua na internet ou, em particular, na blogosfera poderia não exigir mais que teimosia, mais que capacidade de trabalho e mais que atenção aos acontecimentos, além de… alguma vaidade ou, nos melhores casos, algum orgulho e capacidade de expressão.
Acresce que tal perseverança é ainda menos notável naqueles que adquirimos grandes recursos de experiência e manhas na vida, pela idade, pela riqueza e variedade de situações que tivemos de viver e enfrentar, pela abundância de iniciativas e contactos em que nos envolvemos ou pela cultura que fomos arrecadando e de que fomos aprendendo a tirar proveito e a destilar, enfim, vá lá, algumas subtilezas e originalidades.
Considero-me um dos bafejados por aqueles louvores, que muito agradeço a todos que se têm dignado fazer-nos, como ainda ontem o Dr. Miguel Castelo Branco. Mas sobretudo porque quero ver neles o reconhecimento da fidelidade aos objectivos que desde o princípio aqui me propus.
Resumi-los-ia nisto: um revisionismo nacionalista.
A palavra revisionismo não anda desde há anos em muito boas companhias.
E com a palavra nacionalismo também isso acontece ainda mais correntemente e em grau muito maior.
Mas por isso mesmo se torna ainda mais urgente e indispensável limpar o nacionalismo das confusões que o inquinam e abastardam, procedendo à sua revisão crítica.
Não vou mais longe.
Recordo exemplos, desde já.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-democrático, isto é, essencialmente contra o sufrágio universal, muito pelo contrário.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-cristão ou anti-católico.
O novo nacionalismo não tem que ser, monárquico nem republicano.
O novo nacionalismo não tem que ser anti-judaico nem anti-israelita.
O novo nacionalismo é ocidental-atlantista.
O novo nacionalismo luta pelo poder em igualdade de condições com os demais partidos.
O novo nacionalismo não é anti-burguês nem fomenta a “luta de classes”.
O novo nacionalismo não é totalitário.
O novo nacionalismo não configurará regimes de partido único.
O novo nacionalismo não é, não pode ser racista, mas é anti-racista.
Etc., etc., etc..
Teremos conseguido propor e prosseguir os nossos objectivos, ao longo de talvez mais de duas mil páginas de texto da blogosfera, em três anos, tantas das quais suscitaram reacções negativas, mas também bastas reacções positivas, seguramente que menos, creio que por o assunto ser agressivo ou provocador e sobretudo novo?
Ter-se-á sido suficientemente agressivo, suficientemente provocador, suficientemente inovador?
Do que não tenho dúvidas é de continuar no mesmo sentido, enquanto a Providência mo permitir.
Mas, desde já, uma coisa quero salientar.
É quanto me têm sido úteis os que me apoiaram e os que me contraditaram, pelos horizontes e caminhos que tantas vezes abriram à revisão dos tabus do nacionalismo, com as suas críticas, observações, sugestões, conhecimentos específicos e a inteligência de que
tudo é contingente no nacionalismo, menos a Nação.
A.C.R.
Etiquetas: racismo e racialismo