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2005/12/21

O PCP, agente da China em Portugal, quiçá na Europa? 


Diz-me quem vem seguindo com mais assiduidade os “debates” televisivos da pré-campanha, para a eleição presidencial, que o secretário-geral do PCP não tem conseguido disfarçar o seu embaraço, sempre que é obrigado a referir-se à China ou ao PC chinês.

Os meus leitores sabem o que penso das origens desse embaraço, aqui referidas nos dois últimos postes (
aqui e aqui).

Percebem, porém, se calhar, tão pouco como eu, porque não tem esse embaraço sido explorado pelos interlocutores televisivos de Jerónimo de Sousa.

Será só porque ninguém, a não ser o BE, está interessado no esmagamento do PCP?

Será só porque as questões de política internacional interessam em geral pouco aos eleitores?

Será porque os próprios candidatos tendem a acompanhá-los nesse desinteresse?

Na verdade, voltando ao início, é preciso admitir que, como quase sempre, também nesta matéria o PCP esteja a praticar um jogo duplo.

Calando, por um lado, a crítica à política social, anti-trabalhadora, do PC e do governo da China, em relação ao proletariado chinês, para não hostilizar a respeitável China; e tentando, por outro lado, com a sua suposta defesa dos interesses dos trabalhadores europeus vítimas da concorrência feroz das indústrias da China, esconder o seu efectivo anti-europeísmo e anti-portuguesismo.

Assim, o nosso PCP revela a essência dos seus interesses e propósitos.

O PCP sabe, de facto, que nem a burguesia capitalista chinesa nem as FA da China têm já ganha a sua partida-duelo, porque as tensões entre os dois aliados de hoje revelar-se-ão cada vez mais no futuro.

Une-os agora, entre si, o ódio do novo proletariado nascente da China. Mas, mais tarde ou mais cedo, qualquer deles pode vir a tentar-se por uma “entente” com esse proletariado em desenvolvimento.

Compreende-se o imbróglio em que o “pobre” PCP se sente metido.

A minha mais forte suposição é que as tendências expansionistas ilimitadas das FA e da burguesia capitalista chinesas as continuem a manter unidas, sem termo à vista.

Sendo assim, o PCP não deixará de reforçar cada vez mais o seu anti-europeísmo, porque isso o valorizará aos olhos de todas as forças reais da colossal máquina ditatorial que detém o poder efectivo na China.

E – quem sabe? – nesta conjuntura, dia a dia mais definida e clara, talvez o PCP projecte crescer e consolidar-se como agente peão de brega da China em Portugal, quiçá na Europa.

A sua vocação e tradições políticas de agente estrangeiro, em Portugal, acreditam-no e recomendam-no nessa especialidade tão bem confirmada pela História.

A.C.R.

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