2005/10/21
Cavaco Silva jogou pelo seguro.
O seguro do candidato presidencial Cavaco Silva ...
A ambição era pequena! Pelo menos parece …
E Portugal?
E os Portugueses?...
Desejaríamos que sim, que o esboço de receitas muito insuficientemente esboçado há momentos por Cavaco Silva para arrancar o País da sua profunda depressão e desânimo, desse o resultado mais feliz possível. Mas é difícil de acreditar, porque essas receitas não passam ou pouco passam das vacuidades dos seus adversários já anunciados.
A alegria desses adversários foi transparente nos seus em geral discretos comentários à apresentação do Candidato Cavaco Silva no C.C.B..
Cavaco Silva, como eles, só parece visar uma pacífica coexistência com José Sócrates …
Ele pensa que o seu “prestígio” e zelo da pantanosa estabilidade acima de tudo bastam para, uma vez eleito Presidente, conseguir só por si mudar as coisas quanto necessário.
Rapidamente se convencerá de que não bastam.
É preciso mudar profundamente estruturas e quadros de actuação política.
Quando também se convencer disso, pode ser tarde para mudar de rumo e impor na Constituição e nos costumes políticos as reformas indispensáveis.
Até porque já talvez esteja completamente “engolido” pelo governo!
Descobrirá então que anestesiar os Portugueses, como tentou fazer, ou esteve a fazer hoje, é o pior serviço que nesta conjuntura se podia prestar a Portugal.
Ao que ele se comprometeu esta noite é o mesmo, com meras nuances, que aquilo a que se têm comprometido os seus rivais.
(Estes, porque outra coisa não poderiam fazer.)
E com a novidade, para eles, de que a partir de agora podem cair à vontade, em uníssono, sobre o chamado “candidato da direita”, porque ele depôs hoje, aos pés dos adversários, as melhores armas de que poderia dispor, antes mesmo de começar o combate.
Talvez vá ganhar ainda mais facilmente a eleição …
Mas também mais inutilmente.
Se nos enganarmos, e uma vez que o programa da candidatura, a apresentar no dia vinte, não poderá deixar de ser o teste definitivamente esclarecedor, cá estaremos para nos retractarmos caso seja caso disso.
A.C.R.
Seia, 22 horas, noite de 20.10.2005
E os Portugueses?...
Desejaríamos que sim, que o esboço de receitas muito insuficientemente esboçado há momentos por Cavaco Silva para arrancar o País da sua profunda depressão e desânimo, desse o resultado mais feliz possível. Mas é difícil de acreditar, porque essas receitas não passam ou pouco passam das vacuidades dos seus adversários já anunciados.
A alegria desses adversários foi transparente nos seus em geral discretos comentários à apresentação do Candidato Cavaco Silva no C.C.B..
Cavaco Silva, como eles, só parece visar uma pacífica coexistência com José Sócrates …
Ele pensa que o seu “prestígio” e zelo da pantanosa estabilidade acima de tudo bastam para, uma vez eleito Presidente, conseguir só por si mudar as coisas quanto necessário.
Rapidamente se convencerá de que não bastam.
É preciso mudar profundamente estruturas e quadros de actuação política.
Quando também se convencer disso, pode ser tarde para mudar de rumo e impor na Constituição e nos costumes políticos as reformas indispensáveis.
Até porque já talvez esteja completamente “engolido” pelo governo!
Descobrirá então que anestesiar os Portugueses, como tentou fazer, ou esteve a fazer hoje, é o pior serviço que nesta conjuntura se podia prestar a Portugal.
Ao que ele se comprometeu esta noite é o mesmo, com meras nuances, que aquilo a que se têm comprometido os seus rivais.
(Estes, porque outra coisa não poderiam fazer.)
E com a novidade, para eles, de que a partir de agora podem cair à vontade, em uníssono, sobre o chamado “candidato da direita”, porque ele depôs hoje, aos pés dos adversários, as melhores armas de que poderia dispor, antes mesmo de começar o combate.
Talvez vá ganhar ainda mais facilmente a eleição …
Mas também mais inutilmente.
Se nos enganarmos, e uma vez que o programa da candidatura, a apresentar no dia vinte, não poderá deixar de ser o teste definitivamente esclarecedor, cá estaremos para nos retractarmos caso seja caso disso.
A.C.R.
Seia, 22 horas, noite de 20.10.2005