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2004/04/01

Nacionalismo não é anquilose, imobilismo ou estagnação culturais 

Muito do nacionalismo português aceitou, na 2ª metade do séc. XX, como sua (única) expressão cultural válida a produção literária. Mesmo as incursões na historiografia de intelectuais nacionalistas, tão notáveis durante todo o Estado Novo, foram-se tornando cada vez mais raras e menos importantes.

O nacionalismo da via estreita cultivou nas últimas décadas uma mão-cheia de escritores e poetas contemporâneos, aliás notabilíssimos, por vezes, nomes que são praticamente as mesmas referências desde há trinta ou quarenta anos.

Culturalmente, o nacionalismo cultivado em Portugal foi-se assim afunilando cada vez mais, como se os nacionalistas tivessem dificuldade em alargar a sua criatividade e curiosidade a outras áreas da cultura, em que é nossa obrigação e necessidade estarmos presentes e activos, provando a importância e originalidade do nosso poder de intervenção.

Este deixa-andar, esta passividade crescente da inteligência, a sua acomodação a limites estritamente literários, acabou por esterilizar a criação nacionalista em áreas tão importantes como a crítica em matéria de programação política ou mesmo de doutrinação política.

Temos de vencer também esse outro beco aparentemente sem saída, o que talvez não seja possível sem readquirirmos a coragem de enfrentar e tirar proveito do que é novo, salutarmente novo, e nos desafia insistentemente, como há oitenta, noventa anos a implantação da República desafiou os novos nacionalistas de então.

Não se compreenderia que os novos nacionalistas não reagíssemos fortemente, no sentido de ocuparmos um terreno donde têm andado bastante ausentes os que se consideram nacionalistas.

O que eu vou dizer, os exemplos que vou dar, atrairão com certeza as iras dos que tudo demonizam, considerando-me, considerando-nos ao serviço de interesses obscuros ou, para eles bem claros, malevolamente “bem claros”: o Governo e Durão Barroso, os Americanos e a CIA.

Continuam a não ter outras armas, senão o insulto e a calúnia.

Tenho porém a esperança de que, ao menos, ainda que sem saírem desse nível, consigam, já agora, caluniar e insultar com mais elevação e inteligência...

Para já, começaram a escrever menos atabalhoadamente.

A.C.R.

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