2004/03/29
É admissível negociar com terroristas?
O “Barómetro Público” de hoje dá as seguintes respostas à pergunta, em percentagens dos sondados activos:
1. Não, em nenhum caso--------------------------------------------------53%
2. Sim, quando estiverem em causa vidas humanas-----------------43%
3. Sim, quando estiverem em causa interesses de Estado-----------4%
Total--------------------------------------------------------------------------100%
Quaisquer que sejam as reservas que se façam a este tipo de sondagens, o sentir geral dos que se apressaram a responder — por isso lhes chamei activos — é inequívoco: 53% não aceitam negociações, mesmo que estejam em causa interesses do Estado ou vidas humanas.
E 57% (53% + 4%) não aceitam negociações, mesmo que estejam em causa vidas humanas.
A segunda notícia importante dos últimos dias sobre a questão de negociações com terroristas, aconselhadas por Mário Soares, é que este veio depois amenizar o sentido da sua sugestão.
A única coisa clara, clara que, porém, parece ter ficado das suas explicações é ele considerar que não se deve perder oportunidades de bem conhecer os adversários, talvez para melhor os levar à certa.
Para isso, entende, nada melhor que falar, que a falar é que a gente se entende, lá diz a chamada sabedoria popular.
Mas, talvez sem o dizer, embora pensando-o, a dita sabedoria não ignora igualmente que procurar falar com adversários vencedores tem desde logo sabor a rendição.
Ora os terroristas têm agora no seu palmarés duas grandes “vitórias” frescas: o 11 de Setembro e o 11 de Março.
É na figura de pedintes predispostos a rendermo-nos perante inimigos eufóricos dos seus êxitos, que o Dr. Mário Soares quer que nos apresentemos, para aprofundarmos o conhecimento “útil” às negociações?
É caricato.
A.C.R.
1. Não, em nenhum caso--------------------------------------------------53%
2. Sim, quando estiverem em causa vidas humanas-----------------43%
3. Sim, quando estiverem em causa interesses de Estado-----------4%
Total--------------------------------------------------------------------------100%
Quaisquer que sejam as reservas que se façam a este tipo de sondagens, o sentir geral dos que se apressaram a responder — por isso lhes chamei activos — é inequívoco: 53% não aceitam negociações, mesmo que estejam em causa interesses do Estado ou vidas humanas.
E 57% (53% + 4%) não aceitam negociações, mesmo que estejam em causa vidas humanas.
A segunda notícia importante dos últimos dias sobre a questão de negociações com terroristas, aconselhadas por Mário Soares, é que este veio depois amenizar o sentido da sua sugestão.
A única coisa clara, clara que, porém, parece ter ficado das suas explicações é ele considerar que não se deve perder oportunidades de bem conhecer os adversários, talvez para melhor os levar à certa.
Para isso, entende, nada melhor que falar, que a falar é que a gente se entende, lá diz a chamada sabedoria popular.
Mas, talvez sem o dizer, embora pensando-o, a dita sabedoria não ignora igualmente que procurar falar com adversários vencedores tem desde logo sabor a rendição.
Ora os terroristas têm agora no seu palmarés duas grandes “vitórias” frescas: o 11 de Setembro e o 11 de Março.
É na figura de pedintes predispostos a rendermo-nos perante inimigos eufóricos dos seus êxitos, que o Dr. Mário Soares quer que nos apresentemos, para aprofundarmos o conhecimento “útil” às negociações?
É caricato.
A.C.R.