2004/03/15
A Al Qaeda leva a esquerda de volta ao Poder, em Espanha, praticamente segundo a unanimidade dos observadores.
E alguns, bastantes, nem sequer escondem a sua satisfação pelo acontecido, sempre coniventes com o inimigo.
Mas isso é secundário agora.
Posso, porém, imaginar que se, em 1938, a seguir à Conferência de Münich, tivesse havido eleições na França ou na Grã-Bretanha, Hitler as teria ganho através dos triunfos espectaculares que a opinião pública daria a Daladier e Chamberlain, os PM francês e inglês da paz a todo o custo.
Aqui ao lado, em Espanha, os primeiros grandes vencedores das eleições de ontem, 14 de Março de 2004, foram sem dúvida, aos olhos dos observadores, Bin Laden e a Al Qaeda.
A Espanha não está de parabéns e os governantes do Mundo inteiro perceberam-no bem, a avaliar pelo convencionalismo frio das felicitações mandadas aos vencedores, para Madrid.
O futuro governo espanhol nasce com um terrível estigma, a dívida em que está à Al Qaeda por esta “vitória”.
Escrevo “vitória” com aspas porque, na verdade, é muito duvidoso que se trate realmente duma efectiva vitória, que seja algo mais que uma simples vitória numérica nas contagens das urnas.
O PSOE vai ter de sangrar-se em esforços para provar aos Espanhóis e à Europa que não fica prisioneiro daqueles a quem objectivamente deveu e deve a sua “vitória”.
Não bastarão simples palavras e declarações piedosas das suas eventuais intenções de alijar o estigma que se lhe colou agora.
O novo governo espanhol vai ter de provar com actos e não com álibis e habilidades que não é um perigo para a frente anti-terrorista que os governos europeus, a começar pelo alemão do socialista Schroeder , estão finalmente a querer constituir efectivamente na Europa, alarmados que ficaram com os atentados de Madrid.
Uma frente que tem de ser atlântica e não exclusivamente europeia ou, muito menos, apenas franco-alemã.
Só actos nos convencerão.
Sem esquecer que, internamente, o novo governo espanhol vai ter de ser rigoroso e nada laxista para salvar e prosseguir o crescimento económico equilibrado que os governos de Aznar tão excelentemente conseguiram estes anos.
Tudo pesados e dolorosos tributos que os socialistas de Zapatero vão ter de pagar, em homenagem à rigorosa política “conservadora” dos últimos oito anos.
A.C.R.
Mas isso é secundário agora.
Posso, porém, imaginar que se, em 1938, a seguir à Conferência de Münich, tivesse havido eleições na França ou na Grã-Bretanha, Hitler as teria ganho através dos triunfos espectaculares que a opinião pública daria a Daladier e Chamberlain, os PM francês e inglês da paz a todo o custo.
Aqui ao lado, em Espanha, os primeiros grandes vencedores das eleições de ontem, 14 de Março de 2004, foram sem dúvida, aos olhos dos observadores, Bin Laden e a Al Qaeda.
A Espanha não está de parabéns e os governantes do Mundo inteiro perceberam-no bem, a avaliar pelo convencionalismo frio das felicitações mandadas aos vencedores, para Madrid.
O futuro governo espanhol nasce com um terrível estigma, a dívida em que está à Al Qaeda por esta “vitória”.
Escrevo “vitória” com aspas porque, na verdade, é muito duvidoso que se trate realmente duma efectiva vitória, que seja algo mais que uma simples vitória numérica nas contagens das urnas.
O PSOE vai ter de sangrar-se em esforços para provar aos Espanhóis e à Europa que não fica prisioneiro daqueles a quem objectivamente deveu e deve a sua “vitória”.
Não bastarão simples palavras e declarações piedosas das suas eventuais intenções de alijar o estigma que se lhe colou agora.
O novo governo espanhol vai ter de provar com actos e não com álibis e habilidades que não é um perigo para a frente anti-terrorista que os governos europeus, a começar pelo alemão do socialista Schroeder , estão finalmente a querer constituir efectivamente na Europa, alarmados que ficaram com os atentados de Madrid.
Uma frente que tem de ser atlântica e não exclusivamente europeia ou, muito menos, apenas franco-alemã.
Só actos nos convencerão.
Sem esquecer que, internamente, o novo governo espanhol vai ter de ser rigoroso e nada laxista para salvar e prosseguir o crescimento económico equilibrado que os governos de Aznar tão excelentemente conseguiram estes anos.
Tudo pesados e dolorosos tributos que os socialistas de Zapatero vão ter de pagar, em homenagem à rigorosa política “conservadora” dos últimos oito anos.
A.C.R.