2004/02/10
A SUBJUGADA
Do livro “Em Defesa da Vida”
Editado por Nova Arrancada, S.A.
NUNO SERRAS PEREIRA
1. A reivindicação do aborto livre pelas mulheres mostra que estas se tornam cúmplices dos homens que procuram explorá-las. Estes de modo insidioso relevam pretensos “direitos” da mulher quando, na realidade, o seu objectivo é o de mantê-las sob domínio. Pois, com a legalização do aborto, os homens criam condições que lhes permitem dispor de qualquer mulher a seu bel-prazer e quando lhes dá jeito; subtraem-se desde o início a qualquer responsabilidade diante da criatura que possa ser concebida; abstêm-se de promover iniciativas capazes de melhorar a situação da mulher na sociedade; nestas agudiza-se um conflito, largamente sustentado pelos media, entre trabalho, divertimento e maternidade. De modo que a legalização significa uma regressão no esforço que as mulheres têm feito para que se reconheça a sua dignidade. (Até aqui cf Schooyans).
2. A mulher é dilacerada pelo aborto. Eis algumas das possíveis consequências: desprezo por si próprias, pensamentos suicidas, pesadelos, fobias, comportamentos compulsivos, dificuldades sexuais e no relacionamento com pessoas do outro sexo, agressividade, problemas de relação com as crianças, sensação de vazio, quedas no alcoolismo, na droga e na promiscuidade sexual, esterilidade, abortos espontâneos, gravidezes ectópicas, hemorragias e infecções, perfuração dos úteros, insónias, exaustão, nervosismo, peritonites, febres e suor frios, etc. (Cf Szentmártoni, Peteer, Pavone — estudos onde o aborto é legal).
3. Mesmo que fosse (fantasiemos) socialmente vantajoso ou permitisse à mulher reapropriar-se da sua feminilidade o aborto era ainda mais execrável pois seria um gesto análogo ao de quem pela violação ou escravatura instrumentalizasse outra pessoa para seu próprio prazer ou interesse. (Cf Gindro S.).
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