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2004/02/09

A PRESSÃO DA LEGALIZAÇÃO 




Do livro “Em Defesa da Vida”
Editado por Nova Arrancada, S.A.

NUNO SERRAS PEREIRA


Sintetiza-se o que Randy Alcorn diz do ambiente que rodeia as grávidas num país onde o aborto está legalizado (USA).

Os abortistas, pintando o aborto como a escolha preferível, têm convencido muitas mulheres de que não têm outro “remédio” senão fazê-lo. Tendo sido mentalizados de que o aborto é o modo mais fácil para escapar a uma dificuldade, pais, mães, noivos, maridos, professores, assistentes sociais, médicos, enfermeiros e meios de comunicação social constrangem frequentemente as mulheres a uma decisão que é mais deles do que delas. O aborto é apresentado como o modo mais adequado e veloz para fugir a um dilema.

Ora, dever-se-ia apresentar às mulheres várias alternativas em vez de “vender” o aborto. Um ex-consultor de uma clínica confessou: “o meu trabalho consistia em consolar as mulheres e assegurar que decidiriam abortar”. Com este tipo de conselhos quem escolheria outra solução? Ex-proprietários e empregados de clínicas, algumas das quais contratam especialistas de marketing para treinarem o pessoal, declararam que a sua tarefa consistia em “vender abortos” às grávidas. De facto, como esperar que estas clínicas que ganham milhões de dólares por ano proponham alternativas leais e objectivas às mulheres grávidas e necessitadas de ajuda?

Apresentar as coisas dizendo “ou aborto ou miséria”, como se no aborto não houvesse miséria, é uma armadilha que impede as mulheres de procurarem e a sociedade de providenciar alternativas positivas, tais como a adopção (propriamente dita ou à distância ou da grávida) melhoria dos serviços à infância, enfim, todas as medidas familiares, culturais, morais e sociais adequadas à resolução do problema.

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