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2010/08/30

Casamento, Morte e Poder Político 

Ao contrário do que tem afirmado a propaganda de esquerda, a prioridade não é, nunca foi, a economia nem o combate ao desemprego. A prioridade foi o aborto e o divórcio (para os heterossexuais). Ofereceram-se milhares de computadores, em nome da educação, quando foi preciso uma mega-operação de propaganda, acautelando as próximas eleições.

Com as eleições no papo, ainda que com uma vitória muito relativa, a prioridade passou logo para a equiparação das uniões homossexuais ao casamento e, em breve, a eutanásia. Só foi enganado quem quis.

Tão mau, ou pior, que ser enganado pela esquerda, seja ela a do caviar ou do sacrifício, é pensar que as arremetidas para desvirtuar o casamento e oferecer a morte à descrição nos hospitais são apenas para nos distrair da triste realidade económica e social em que vegetamos e não têm qualquer importância. Nada mais falso.

Se não tem importância, porque é que eles combatem por esses objectivos com uma ferocidade inaudita? Se não tivesse importância eles desistiam do combate. Se não tivesse importância, nunca uma pequena minoria de homossexuais se daria ao trabalho de montar uma ruidosa máquina de propaganda para tentar convencer uma esmagadora maioria de heterossexuais (homens e mulheres), muitos deles casados, de que o casamento é o mesmo que as uniões homossexuais.

Não perceber a importância do que está em jogo – a tentativa de redefinir a essência do ser humano e da instituição casamento à luz de uma ideologia igualitária e totalitária – é não perceber que a política visa o acesso ao poder e que esse poder vai ser exercido por alguém sobre alguém.

É espantoso como uma minoria homossexual consegue fazer valer os seus interesses e pontos de vista na imprensa com mais barulho e fervor que os pontos de vista da esmagadora maioria heterossexual. Porquê a aparente apatia dos heterossexuais? Medo de afirmar as diferenças? Complexo de inferioridade? Incapacidade de argumentação? Será que muitos, mercê da propaganda, ainda que o não sejam, pensam como de fossem homossexuais?

Perante as recentes movimentações sociais em favor de um referendo sobre a matéria, é importante despertar a maioria heterossexual para o facto de não permitir que sejam outros a definir e a determinar como igual aquilo que não o é.

É sempre penoso ter que explicar o que é óbvio: que a diferença entre uniões heterossexuais e homossexuais, e portanto, a singularidade do casamento e da união heterossexual estriba em duas formas diferentes e complementares de ser humano – homem e mulher – e na consequente expectativa de gerar descendência. Mesmo que nem todas as uniões heterossexuais gerem descendência nem se formalizem juridicamente como casamento, é o facto da descendência ser exclusiva das uniões heterossexuais que fundamenta a singularidade do casamento e da família.

É certo que o Engº Sócrates não pode dizer que uma das funções da família, portanto, da união entre homem e mulher, tem como função a procriação, mas também é certo que Engº Sócrates só há um.

Aliás, a pretensão de equiparar uniões homossexuais ao casamento é um fenómeno recente nas sociedades ocidentais (em especial Europa e América do Norte).

Qual é o habitante deste País que não tem como mãe uma mulher e como pai um homem?

Não deixemos a uma minoria o poder de definir e determinar aquilo que são os outros e a qualidade das suas relações.

Não são as pessoas que estão em questão: é a instituição.

manuelbras@portugalmail.pt

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