2006/05/09
Quando se aplicam medidas de incentivo à natalidade,
Sem antes se ter definido uma política de natalidade…
A talvez maior surpresa da conversão do socialismo português aos valores de direita foi, para mim, a súbita emergência, através do ministério da Segurança Social, de alguns projectos de disposições determinadas pelo objectivo de favorecer a natalidade.
Tal como aparecem, suspeito que têm a ver com simples propaganda e poeira nos olhos.
A sua insignificância adivinha-se e prevê-se.
Se houvesse verdadeira política de natalidade, tendo sobretudo atenção à gravidade da nossa decadência demográfica, a caminho dum suicídio nacional, essa política não poderia deixar de incluir vigoroso apoio financeiro a um programa habitacional em favor das famílias com mais filhos.
Evidentemente, uma verdadeira política nacional de natalidade positiva não poderia também deixar de ser contrária à despenalização do aborto, como a todas as disposições, explícitas ou implícitas, tendencialmente abortistas.
Sabemos todos como qualquer destes incentivos natalistas, de combate às tendências suicidárias das nossas realidades demográficas, são absolutamente contrários aos “valores” da(s) esquerda(s).
Tão contrários que um bloquista, necessariamente esquerdista, escrevia há dias: “Fascista é a única forma de classificar a nova política de José Sócrates que penaliza os portugueses por não terem mais filhos.”
É estúpido e de má fé.
E só é possível vir dizer alto a alarvidade, pela própria ambiguidade e pouca clareza das intenções que não chegam a constituir ou fundamentar-se numa verdadeira política demográfica.
No seu próprio interesse político e no interesse, muito mais importante, o do País, o Governo tem de ir mais longe, mas para tanto tem de definir uma política de natalidade positiva, clara e coerente.
Deu um primeiro passo que, para já, apenas revela uma disposição louvável, mas ainda de pouco ou nenhum alcance pragmático.
Os Portugueses conscientes dos crimes que, em matéria de natalidade, os governos e muitos cidadãos têm cometido, agradecemos porque, enfim, se adivinha alguma luzinha ao fundo do túnel.
Mas todos sabemos que se impõe muito mais.
Depois de reveladas as intenções, todos ficaremos frustrados se o Governo não for muito mais longe.
A.C.R.
Tal como aparecem, suspeito que têm a ver com simples propaganda e poeira nos olhos.
A sua insignificância adivinha-se e prevê-se.
Se houvesse verdadeira política de natalidade, tendo sobretudo atenção à gravidade da nossa decadência demográfica, a caminho dum suicídio nacional, essa política não poderia deixar de incluir vigoroso apoio financeiro a um programa habitacional em favor das famílias com mais filhos.
Evidentemente, uma verdadeira política nacional de natalidade positiva não poderia também deixar de ser contrária à despenalização do aborto, como a todas as disposições, explícitas ou implícitas, tendencialmente abortistas.
Sabemos todos como qualquer destes incentivos natalistas, de combate às tendências suicidárias das nossas realidades demográficas, são absolutamente contrários aos “valores” da(s) esquerda(s).
Tão contrários que um bloquista, necessariamente esquerdista, escrevia há dias: “Fascista é a única forma de classificar a nova política de José Sócrates que penaliza os portugueses por não terem mais filhos.”
É estúpido e de má fé.
E só é possível vir dizer alto a alarvidade, pela própria ambiguidade e pouca clareza das intenções que não chegam a constituir ou fundamentar-se numa verdadeira política demográfica.
No seu próprio interesse político e no interesse, muito mais importante, o do País, o Governo tem de ir mais longe, mas para tanto tem de definir uma política de natalidade positiva, clara e coerente.
Deu um primeiro passo que, para já, apenas revela uma disposição louvável, mas ainda de pouco ou nenhum alcance pragmático.
Os Portugueses conscientes dos crimes que, em matéria de natalidade, os governos e muitos cidadãos têm cometido, agradecemos porque, enfim, se adivinha alguma luzinha ao fundo do túnel.
Mas todos sabemos que se impõe muito mais.
Depois de reveladas as intenções, todos ficaremos frustrados se o Governo não for muito mais longe.
A.C.R.
Etiquetas: Em Defesa da Vida, socialismo