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2006/01/10

Revisão em baixa do crescimento económico de 2006 

Anunciada pelo governador do Banco de Portugal, em 5 do corrente, foi seguramente uma notícia desastrosa para a generalidade dos Candidatos à Presidência, até pelo relevo que lhe deram todos os canais nos noticiários das 20 horas, sempre como notícia de abertura.

Um comentador da RTP (Sérgio Figueiredo) comentou este comportamento da economia portuguesa como sendo “um comportamento decepcionante”. Outro comentador (Perez Metelo, da TVI) em face da mesma revisão em baixa do PIB, garantiu que “2006 vai ser um ano muito difícil e muito exigente.”

Desde então, todos os comentários doutros MCS vão no mesmo sentido.

Evidentemente, o Candidato Cavaco Silva foi necessariamente o único beneficiado com a notícia objecto de tanto relevo e vinda do governador do BP, o socialista Vítor Constâncio, sem prejuízo de, pela sua honestidade política e profissional, este nos merecer um grande “Honra lhe seja!”

E é beneficiado Cavaco Silva, porque grande parte dos eleitores só a ele o associa à ideia de que o momento exige cada vez mais “rigor financeiro”, “boas contas” e travões a fundo na derrapagem do País.

Ora a sondagem revelada pela Universidade Católica, na noite de 5 do corrente e nos jornais de 6, foi feita ao longo dos dias 3 e 4, segundo a ficha técnica, pelo que os resultados dela não podem ter sido influenciados pela notícia de 5 sobre a revisão em baixa da previsão do PIB/2006, feita pelo BP.

Se, segundo a sondagem, C. Silva ganhará logo à primeira volta com 60% dos votos e os outros perderão com 16% (M. Alegre), com 13% (M. Soares), com 7% (J. de Sousa), com 4% (F. Louçã) e com zero (G. Pereira), tem de concluir-se que o resultado vitorioso de Cavaco silva seria ainda mais avultado e os dos restantes ainda mais catastróficos.

Isto é, se a sondagem tivesse sido feita apenas dois ou três dias mais tarde.

Em suma, como escreveu outro comentador (Carlos Romero, do Público):

“A coisa está feita.”

“Feita” e muito feia, digo eu, para o segundo e o terceiro classificados, que os demais não contam, nem outra coisa esperavam.

Mas as coisas são ainda mais “graves”, por passarem a ser muito maiores as suas responsabilidades, para o próximo Presidente Prof. Cavaco Silva.

Por ele e à volta dele ou em função dele, nos próximos dez anos, se Deus lhe der vida e saúde, se definirão e efectivarão as principais expectativas de recuperarmos e consolidarmos Portugal.

António da Cruz Rodrigues (A.C.R.)

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