2006/01/04
Afinal, Cavaco Silva começou a abrir
a “caixa de Pandora”?
(V. final do último poste)
Na entrevista de Cavaco Silva ao “Jornal de Notícias”, famosa por causa da proposta de criação duma Secretaria de Estado para atrair e apoiar directamente os investidores estrangeiros em Portugal – a qual tão disparatadas reacções provocou aos outros Candidatos – nessa entrevista, repito, Cavaco Silva disse algo bem mais importante e provocador e que, até agora, julgo não ter causado nenhum pesadelo aos adversários.
Talvez se tenham calado por terem medo de que aquilo que Cavaco Silva agora disse, sim, é capaz de o fazer subir ainda mais fortemente nas sondagens?...
“Às vezes a equipa não é má, mas precisa de um novo treinador” – disse.
Se, como “novo treinador”, Cavaco Silva pensava em si próprio, então temos aí a mais audaciosa afirmação de sempre do Candidato “da direita”.
Começou Cavaco Silva finalmente a abrir o seu jogo, o jogo que parecia repudiar e de que já muitos desesperavam de vê-lo assumir?
Terá, pelo contrário, sido apenas uma escorregadela?
Escorregadela, logo numa entrevista, onde as possibilidades de corrigir e de emendar a mão são muito maiores?!
Difícil de acreditar.
Como um observador muito atento disse, “com esta inovação metafórica Cavaco introduziu nas eleições presidenciais um factor adicional de imprevisibilidade política e de insegurança institucional.”
Se é verdade que, na metáfora do “treinador”, cabe tudo e mais alguma coisa, isso significa que todo o imobilismo institucional que nos estrangula pode vir a ser varrido, que todas as portas e janelas institucionais estão finalmente abertas e que podemos respirar enfim, descontraidamente.
Que importa que tal concepção não tenha “o mínimo apoio constitucional”, se, efectivamente, do que o País precisa é de um regime de “treinadores” capazes, e se um Presidente, eleito com grande maioria, concordar com isso que o Povo português quiser também.
A.C.R.
Na entrevista de Cavaco Silva ao “Jornal de Notícias”, famosa por causa da proposta de criação duma Secretaria de Estado para atrair e apoiar directamente os investidores estrangeiros em Portugal – a qual tão disparatadas reacções provocou aos outros Candidatos – nessa entrevista, repito, Cavaco Silva disse algo bem mais importante e provocador e que, até agora, julgo não ter causado nenhum pesadelo aos adversários.
Talvez se tenham calado por terem medo de que aquilo que Cavaco Silva agora disse, sim, é capaz de o fazer subir ainda mais fortemente nas sondagens?...
“Às vezes a equipa não é má, mas precisa de um novo treinador” – disse.
Se, como “novo treinador”, Cavaco Silva pensava em si próprio, então temos aí a mais audaciosa afirmação de sempre do Candidato “da direita”.
Começou Cavaco Silva finalmente a abrir o seu jogo, o jogo que parecia repudiar e de que já muitos desesperavam de vê-lo assumir?
Terá, pelo contrário, sido apenas uma escorregadela?
Escorregadela, logo numa entrevista, onde as possibilidades de corrigir e de emendar a mão são muito maiores?!
Difícil de acreditar.
Como um observador muito atento disse, “com esta inovação metafórica Cavaco introduziu nas eleições presidenciais um factor adicional de imprevisibilidade política e de insegurança institucional.”
Se é verdade que, na metáfora do “treinador”, cabe tudo e mais alguma coisa, isso significa que todo o imobilismo institucional que nos estrangula pode vir a ser varrido, que todas as portas e janelas institucionais estão finalmente abertas e que podemos respirar enfim, descontraidamente.
Que importa que tal concepção não tenha “o mínimo apoio constitucional”, se, efectivamente, do que o País precisa é de um regime de “treinadores” capazes, e se um Presidente, eleito com grande maioria, concordar com isso que o Povo português quiser também.
A.C.R.