2006/01/05
Ainda o 2005 que passou,
Um testemunho muito pessoal… Mas…
… mas que me dá imenso prazer apresentar-vos, prezados companheiros de navegação na blogosfera.
É sobre o Hospital da Universidade de Coimbra, onde entrei pelas Urgências e onde me encontro internado desde o dia dez de Dezembro último, para análises várias e exames muito variados, com um intervalo de oito dias que me permitiram passar o Natal em casa.
São, portanto, já dezassete dias de permanência no HUC, em observação aturada, com a dieta requerida e sujeito a dezenas e dezenas de análises de urina, de sangue, do esterno e bem assim de exames como endoscopias, ecografias, colonoscopias, tomografias, TAC´s, ressonâncias magnéticas, radiografias, imagioscopias (um neologismo, para mim), etc.
As conclusões parciais já são muitas, embora a conclusão global só agora parece estar à vista.
Mas o que eu não queria, desde já, silenciar por mais tempo, é a impressão esmagadora de organização, competência, ordem; de atenção de todo o Pessoal por todos os doentes; de limpeza, qualidade e conservação das instalações e equipamentos; de prontidão de todas as prestações de serviços aos doentes e acompanhantes; de rigor em tudo, sem deixar de haver uma grande humanização; de extremos cuidados na alimentação e na higiene em geral, como no acompanhamento dos doentes em todas as situações, das mais simples às mais delicadas, desde o diagnóstico ao tratamento.
Faço estas apreciações com a maior alegria e um enorme sentimento do mais puro, forte, grato e orgulhoso portuguesismo.
Sim, portuguesismo.
É que estamos tão habituados a encontrar motivos para apreciações negativas das realidades e realizações nacionais…
A ponto de se ter tornado um vício e como que um reflexo condicionado, denegrir tudo o que é português…
Que encontrar uma instituição tão próxima da perfeição possível, como o Hospital da Universidade de Coimbra…
Nos reconforta o ego e nos reforça, com um exemplo vivo e de grande dimensão, na certeza de que também somos capazes do melhor, sem receio de confrontos nem desafios.
Obrigado, Portugueses.
Obrigado, Portugal!
A.C.R.
Coimbra, 04 de Janeiro de 2006