2005/07/20
Sobre o que terá de ser o novo nacionalismo (II)
Ainda a propósito do nosso 2º aniversário…
Continuando a nossa ilustração de como o nacionalismo novo se faz precisamente contra os monolitismos dos nacionalismos caducos, falarei ainda de mais alguns exemplos.
Com excepção da chefia do Estado, em poucas monarquias tradicionais, não se imagina hoje, no Ocidente, outra forma legítima de alcançar ou conquistar o poder político, ou de perdê-lo e recuperá-lo, que não seja pelo sufrágio universal.
Daí que a representação política do cidadão e a sua efectividade resultem, em geral, do exercício do direito universal de voto (secreto), sem por isso excluir que, em todos os Estados ocidentais ou de origem ocidental, existam situações e formas mais ou menos numerosas e correntes de representação política delegada, de carácter corporativo.
Agora, o que tantas vezes é o mais difícil de engolir por velhos nacionalismos: a chamada questão judaica.
Isso está muitas vezes ligado à questão racista, ou seja aquilo que, com tão forte sentido sarcástico e justiceiro, “camisa negra” chamou de “nacionalismo zoológico”, o qual aliás não é nacionalismo nenhum, mas puro imobilismo étnico… como nem as espécies animais…
Dessa banda, odeiam-se e rejeitam-se os Judeus por serem semitas – vá lá saber-se porquê! – e exige-se que também todos nós os odiemos por sermos supostamente indo-europeus, arianos.
A verdade é que a insensatez não se generaliza, sobretudo porque os racistas zoológicos constantemente se descaem e acabam por dar a perceber que o seu ódio aos Judeus não é senão um aspecto do seu ódio aos Cristãos, Católicos em especial, esse sim raiz e justificação de tudo o mais, por Cristo e os apóstolos serem Judeus.
Sem esquecer que Israel é uma posição vital para o Ocidente, no contexto em que vivemos.
Etc.
Como FG Santos e Pedro Guedes se terão já apercebido, os “objectivos” do novo nacionalismo são muito “reais (realistas, diria eu) e muito (mas mesmo muito) ambiciosos”, como Pedro Guedes exige.
De “tribais ou de mera agitação” é que nada têm, como é evidente pelo enunciado, embora não seja fácil perceber a que propósito aparece o “tribal” no discurso de PG.
Quanto aos “compromissos”, “entendimentos” e “pontes” em defesa da Nação, creio, de que PG também faz questão, são para o novo nacionalismo o mais fácil que possa imaginar-se, pois que – como resulta de quanto se disse – aceitamos que todos os que a seguir se enumeram podem ser excelentes nacionalistas:
Monárquicos e republicanos;
Católicos e não-católicos;
Os que recusam qualquer regime totalitário e/ou de partido único (e são a enorme maioria);
Corporativistas e não-corporativistas;
Os que recusam todo o racismo, que é em si a mais radical negação do nacionalismo de futuro e com futuro, o qual não é fruto da raça mas da História e, portanto, incompatível com o absurdo fixismo étnico e com o igualmente absurdo imobilismo histórico;
Nobres ou nobilitados de fresca ou longa data, burgueses e proletários, brâmanes e párias;
Judeus e judaizantes;
Liberais e não-liberais em economia;
Etc.
CONCLUSÕES
1. O nosso blogue é com certeza um dos mais variados e tematicamente mais ricos, nada monotemático portanto, se é que PG não estava distraído ao escrevê-lo.
2. Representamos seguramente o nacionalismo ideologicamente mais abrangente que possa conceber-se.
3. Todos os “compromissos”, “entendimentos” e “pontes” com os verdadeiros defensores da Nação (e das Nações), de “TODOS os lados” e de “todas as vertentes” (como diz PG) são por nós e quanto a nós, perfeitamente possíveis e desejáveis.
4. Daí também que nenhum Partido político possa arrogar-se o exclusivo de representação dos nacionalistas portugueses.
5. Tem-se confundido historicamente nacionalismo com regimes e sistemas efémeros, mas as Nações estão sempre acima deles e são sempre o que fica quando regimes e sistemas desaparecem.
6. No plano da política internacional e da geostratégia para o séc. XXI, afigura-se gravemente ilusório e até suicida que nacionalistas queiram destruir a União Europeia (sem prejuízo das correcções já aqui referidas, a que deve sujeitar-se) ou pôr em risco a grande aliança mundial do Ocidente, com o seu mais importante reduto no Atlântico e nos continentes à sua volta, o mais frágil dos quais, a África, continua a ser vital salvar.
Etc.
Desculpem FG Santos e P Guedes que não tenha podido ser mais breve.
A.C.R.
Com excepção da chefia do Estado, em poucas monarquias tradicionais, não se imagina hoje, no Ocidente, outra forma legítima de alcançar ou conquistar o poder político, ou de perdê-lo e recuperá-lo, que não seja pelo sufrágio universal.
Daí que a representação política do cidadão e a sua efectividade resultem, em geral, do exercício do direito universal de voto (secreto), sem por isso excluir que, em todos os Estados ocidentais ou de origem ocidental, existam situações e formas mais ou menos numerosas e correntes de representação política delegada, de carácter corporativo.
Agora, o que tantas vezes é o mais difícil de engolir por velhos nacionalismos: a chamada questão judaica.
Isso está muitas vezes ligado à questão racista, ou seja aquilo que, com tão forte sentido sarcástico e justiceiro, “camisa negra” chamou de “nacionalismo zoológico”, o qual aliás não é nacionalismo nenhum, mas puro imobilismo étnico… como nem as espécies animais…
Dessa banda, odeiam-se e rejeitam-se os Judeus por serem semitas – vá lá saber-se porquê! – e exige-se que também todos nós os odiemos por sermos supostamente indo-europeus, arianos.
A verdade é que a insensatez não se generaliza, sobretudo porque os racistas zoológicos constantemente se descaem e acabam por dar a perceber que o seu ódio aos Judeus não é senão um aspecto do seu ódio aos Cristãos, Católicos em especial, esse sim raiz e justificação de tudo o mais, por Cristo e os apóstolos serem Judeus.
Sem esquecer que Israel é uma posição vital para o Ocidente, no contexto em que vivemos.
Etc.
Como FG Santos e Pedro Guedes se terão já apercebido, os “objectivos” do novo nacionalismo são muito “reais (realistas, diria eu) e muito (mas mesmo muito) ambiciosos”, como Pedro Guedes exige.
De “tribais ou de mera agitação” é que nada têm, como é evidente pelo enunciado, embora não seja fácil perceber a que propósito aparece o “tribal” no discurso de PG.
Quanto aos “compromissos”, “entendimentos” e “pontes” em defesa da Nação, creio, de que PG também faz questão, são para o novo nacionalismo o mais fácil que possa imaginar-se, pois que – como resulta de quanto se disse – aceitamos que todos os que a seguir se enumeram podem ser excelentes nacionalistas:
Monárquicos e republicanos;
Católicos e não-católicos;
Os que recusam qualquer regime totalitário e/ou de partido único (e são a enorme maioria);
Corporativistas e não-corporativistas;
Os que recusam todo o racismo, que é em si a mais radical negação do nacionalismo de futuro e com futuro, o qual não é fruto da raça mas da História e, portanto, incompatível com o absurdo fixismo étnico e com o igualmente absurdo imobilismo histórico;
Nobres ou nobilitados de fresca ou longa data, burgueses e proletários, brâmanes e párias;
Judeus e judaizantes;
Liberais e não-liberais em economia;
Etc.
CONCLUSÕES
1. O nosso blogue é com certeza um dos mais variados e tematicamente mais ricos, nada monotemático portanto, se é que PG não estava distraído ao escrevê-lo.
2. Representamos seguramente o nacionalismo ideologicamente mais abrangente que possa conceber-se.
3. Todos os “compromissos”, “entendimentos” e “pontes” com os verdadeiros defensores da Nação (e das Nações), de “TODOS os lados” e de “todas as vertentes” (como diz PG) são por nós e quanto a nós, perfeitamente possíveis e desejáveis.
4. Daí também que nenhum Partido político possa arrogar-se o exclusivo de representação dos nacionalistas portugueses.
5. Tem-se confundido historicamente nacionalismo com regimes e sistemas efémeros, mas as Nações estão sempre acima deles e são sempre o que fica quando regimes e sistemas desaparecem.
6. No plano da política internacional e da geostratégia para o séc. XXI, afigura-se gravemente ilusório e até suicida que nacionalistas queiram destruir a União Europeia (sem prejuízo das correcções já aqui referidas, a que deve sujeitar-se) ou pôr em risco a grande aliança mundial do Ocidente, com o seu mais importante reduto no Atlântico e nos continentes à sua volta, o mais frágil dos quais, a África, continua a ser vital salvar.
Etc.
Desculpem FG Santos e P Guedes que não tenha podido ser mais breve.
A.C.R.
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, racismo e racialismo