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2005/10/04

O imbróglio da questão UE/Turquia 

Se pensarmos que os povos têm muitas vezes razão antes dos seus governos, a questão já estaria decidida: não há dúvida, a grande maioria da população da UE, a avaliar por algumas votações (França e Holanda) e por diversíssimas repetidas sondagens, é francamente contrária à entrada da Turquia na União Europeia.

Serão os governos mais lúcidos que os seus Povos?

Mas parece que também há governos prontos a mudar de opinião.

Um governo francês presidido por Sarkozy, por exemplo, promete mudar de política em relação à Turquia.

Um governo alemão presidido por Merkel, igualmente.

Na Grã-Bretanha, se a política trabalhista fosse a referendo sobre a entrada da Turquia, o governo ver-se-ia também obrigado a mudar o sentido actual dessa política.

O governo austríaco, esse acaba de mostrar claramente que a sua posição pende para a rejeição da Turquia como membro de pleno direito da UE.

Na Polónia, os defensores desta posição acabam de ganhar as eleições.

Enfim, se os governos europeus em exercício fossem menos convencidos, saberiam fazer ver aos Turcos que acabarão por não ter vantagem numa adesão a que os Povos são fundamentalmente hostis, incluindo muito provavelmente o próprio Povo turco.

Acredito, porém, que todos poderíamos aceitar, aliviados, a tão falada hipótese de parceria preferencial, incluindo naturalmente os Povos que rejeitam a adesão, desde que essa parceria não ameaçasse vir a ser apenas uma adesão disfarçada.

Os governos hesitantes ou incapazes de decidir acabam todos como o actual governo espanhol, perante o problema da Catalunha.

A.C.R.

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