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2011/09/13

Os paradoxos da esquerda 

Bastou o ministro da Saúde aventar a possibilidade da pílula contraceptiva deixar de ser comparticipada, como se a gravidez fosse uma doença (como a insulina é comparticipada para o controle de diabetes, os antivirais são comparticipados no combate à SIDA, etc), para a esquerda, qual reflexo pavloviano, vomitar que é um ataque à liberdade das mulheres. O Poeta Alegre também cantou no coro desde o congresso do PS, em Braga.

Em abono da consideração que todas as mulheres portuguesas merecem é melhor nem sequer aprofundar no conceito de "mulher" que certa esquerda preconiza. Já se está a ver a que se reduz o conceito de liberdade com que eles contemplam as mulheres...

Pois é. O Poeta Alegre acha que o facto da pílula não ser comparticipada é um atentado (será como o 11 de Setembro?) à liberdade das mulheres.

Curiosamente, o Poeta Alegre já acha que o Estado não deve comparticipar o ensino particular. Se alguém quiser uma alternativa ao ensino estatal que pague do seu bolso, mesmo que seja pobre. E aí não vê nenhum atentado à liberdade.

Para a esquerda, a liberdade pilular é muito mais importante que a liberdade de escolha educativa. E o financiamento da extinção muito mais importante que o da liberdade de ensino.

De qualquer forma, a ocasião não pode ser mais propícia para conhecer e aprofundar a regulação natural da fertilidade: é mais barata e mais saudável, o que quer dizer que é mais barata duas vezes. Não precisa de comparticipação.

http://www.familiaesociedade.org/saudereprodutiva/planeamento/index.htm

http://porcausadele.blogspot.com/2011/09/comparticipacao-na-pilula-gravidez-nao.html



manuelbras@portugalmail.pt

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