<$BlogRSDUrl$>

2011/10/26

O inferno sindical 

Cada país tem as suas particularidades e a sua ideossincrasia. Em Portugal cabe-nos estudar a cabeça dos portugueses de hoje - terá alguma coisa a ver com os portugueses da Fundação ou dos Descobrimentos?

Este estudo tanto vale para as eleições, como para o futebol, como para a forma de encarar a presente crise, que não é só económica, mas para nós também é demográfica. Ou melhor, é mais grave porque também é demográfica.

E chegamos aos sindicatos, que têm a espinhosa missão de dizer, de fazer e de actuar tal como há 40 anos. Agora, que se intensificam os cortes na função pública, começa o inferno sindical: manifestações, greves e o que mais vier... porque ao que parece o filão secou mesmo.

E aqui está um traço característico da cabeça de muitos portugueses de hoje, sobretudo os que mais confiam nos sindicatos: a resposta e o contributo a dar ao País são manifestações e greves. A mensagem é simples: o País vai sair da crise com manifestações e greves. É a fé sindical.

À míngua de tudo vale a pena pensar nas greves de dois sectores laborais: dos transportes e dos professores.

As greves dos transportes beneficiam de sobremaneira a empresa que (não) presta o serviço, não tem gastos de pessoal, nem de combustíveis, nem de material, e prejudica directamente os utentes que já pagaram o passe e que se lixem, se quiserem vão a pé. Isto sim, é solidariedade sindical com os utentes.

As manifestações e greves da classe docente, sobretudo no que toca aos milhares de professores desempregados, têm uma tremenda afectação à realidade. É que os professores desempregados serão cada vez mais. Por uma razão muito simples: cada vez há menos crianças e jovens. E onde não há crianças nem jovens não são precisos professores, a menos que o governo decrete que a escolaridade obrigatória passa para os 40 anos.

Quanto às razões que estão por trás da queda da natalidade e da falta de crianças e jovens em Portugal, lembrem-se da APF e do IPPF, e descobrem logo porquê.

manuelbras@portugalmail.pt

Etiquetas:


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

  • Página inicial





  • Google
    Web Aliança Nacional